Um vídeo, que se tornou viral nas redes sociais, mostra a agressão violenta de que foi alvo uma mulher, na casa dos 30 anos, por parte do companheiro, bombeiro profissional em Machico, na Madeira, na madrugada de domingo. O suspeito já foi identificado pela Polícia de Segurança Pública (PSP), que remeteu o caso para o Ministério Público (MP), avança o Jornal da Madeira.
A agressão ocorreu em frente ao filho menor do casal e foi captada pelas câmaras de vigilância de uma residência na freguesia de Água de Pena. As imagens foram difundidas nas redes sociais, onde se tornaram virais, provocando uma onda de indignação. Foram ainda divulgadas fotografias da vítima, que foi assistida no Centro de Saúde de Machico e encaminhada para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, refere ainda a imprensa regional.
Nas imagens difundidas nas redes sociais (e que o Notícias ao Minuto optou por não partilhar devido à violência contida) é possível ver o suspeito a tocar à campanha e a entrar na casa, enquanto se ouve a vítima a gritar. Posteriormente, acaba por sair atrás da companheira e agride-a com violência, enquanto o filho implora para que o progenitor pare. "Pai, não batas, por favor", ouve-se a criança dizer, enquanto a mulher chora, prostrada no chão.
A PSP terá sido chamada ao local e acabou por identificar o suspeito, tendo o caso sido encaminhado para o MP. O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a força de segurança para confirmar esta informação e obter mais esclarecimentos sobre o caso estando a aguardar resposta.
O suspeito, que é funcionário municipal, especificamente bombeiro profissional dos quadros da corporação dos Bombeiros Municipais de Machico, exerce também a profissão de barbeiro, tal como confirmou o presidente da Câmara Municipal de Machico, Ricardo Franco, ao Jornal da Madeira.
Através das redes sociais, o Comando dos Bombeiros Municipais de Machico manifestou "profunda consternação" face às notícias que envolvem "um elemento da corporação" e fala num "ato completamente reprovável".
"Mais acrescenta que é totalmente contra qualquer tipo de violência e espera que o caso seja tratado pelas devidas entidades responsáveis, apelando a que a justiça seja feita. Os serviços jurídicos também já estão a tomar os devidos procedimentos", lê-se.
"Vi umas mensagens e fiquei cego"
Em declarações ao Diário de Notícias da Madeira, o suspeito disse estar "profundamente arrependido". "Vi umas mensagens e fiquei cego. Foi isso que aconteceu e peço desculpa", afirmou.
Sabe-se ainda que a mulher está a ser acompanhada pela Segurança Social, tal como confirmou, em comunicado, a secretária regional da Inclusão, Juventude e Trabalho, Paula Margarido.
"Desde as primeiras horas da manhã, a Secretária, em articulação com o Instituto de Segurança Social da Madeira (ISSM), através da sua equipa de apoio à vítima, tem acompanhado de perto este caso, assegurando a adoção imediata de todas as diligências necessárias para garantir a proteção e o acompanhamento da vítima e do respetivo agregado familiar", indicou, confessando-se "profundamente chocada" com o sucedido.
"Trata-se de uma situação de extrema gravidade que exige uma resposta célere, firme e adequada", completou.
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