Até à data, o telescópio, em órbita desde 2022, só tinha captado imagens de planetas extrassolares já conhecidos, e por métodos de deteção indiretos.
O planeta TWA 7 b foi descoberto graças a um coronógrafo, instrumento instalado no telescópio que permitiu detetar diretamente o planeta num disco de detritos rochosos e poeiras ao bloquear a luz emitida pela sua estrela-hospedeira.
Os resultados da descoberta são descritos num artigo publicado na revista científica Nature.
Em comunicado, o Centro Nacional de Investigação Científica de França, que liderou o estudo, esclarece que os dois métodos mais comuns de deteção de exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) "não fornecem uma imagem direta de um exoplaneta, mas sim do seu efeito" na estrela- hospedeira.
O método de trânsito permite inferir a existência de um planeta através da diminuição da luminosidade da sua estrela quando o planeta está à sua frente, visto da Terra.
O método da velocidade radial "mede as variações de velocidade de uma estrela sob a influência gravitacional do planeta para deduzir a existência desse planeta".
Os autores do estudo estimam que a massa do exoplaneta TWA 7 b é comparável à de Saturno, que tem 30% da massa de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.
Os cientistas esperam poder detetar com o James Webb planetas ainda mais pequenos, com 10% da massa de Júpiter.
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