De acordo com fontes citadas pelo jornal United Daily News, quase uma dezena de engenheiros de teste e desenvolvimento de processos avançados da TSMC estão envolvidos no caso, considerado pelas autoridades judiciais de Taiwan como um risco para a segurança da ilha, que depende em grande parte das exportações de produtos tecnológicos.
Alguns desses engenheiros, depois de começarem a trabalhar na TEL, contactaram antigos colegas do departamento de Investigação e Desenvolvimento da TSMC, que transmitiram imagens e fotos técnicas através da Internet ou fotografaram planos dos processos de fabrico para depois os filtrar, segundo o United Daily News.
O jornal taiwanês Commercial Times, por sua vez, informou na quarta-feira que o caso afeta tanto o centro de investigação e desenvolvimento (I&D) como a fábrica 20 da TSMC em Baoshan, na vila de Hsinchu, e que haveria nove funcionários envolvidos: três engenheiros de testes e seis do departamento de I&D.
As ações da TEL na Bolsa de Tóquio caíram 3,57 % às 13h19, hora local (05:19, em Lisboa), acima de outras empresas do setor. Já os títulos da TSMC, principal fabricante mundial de 'chips' avançados para aplicações de inteligência artificial (IA), recuavam mais de 2% na Bolsa de Taipé.
O último relatório de lucros da TEL mostrou que Taiwan representou cerca de 20% das suas vendas nos últimos dois trimestres, consolidando-se como o seu segundo maior mercado depois da China.
De acordo com a consultora TrendForce, a Tokyo Electron é um fornecedor-chave de equipamentos da TSMC, que está intimamente ligada à Rapidus, uma empresa japonesa que compete com a TSMC, Samsung e Intel na corrida para desenvolver 'chips' de 2 nanómetros.
Os semicondutores fabricados com processos de 2 nanómetros, cuja produção em massa pela TSMC está prevista para o segundo semestre do ano, são os mais avançados do mundo e são fundamentais para o desenvolvimento de aplicações e dispositivos de IA.
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