Nvidia nega "portas traseiras" em 'chips' H20 após insinuações na China

A tecnológica norte-americana Nvidia negou hoje que os seus 'chips' H20 incluam "portas traseiras" que permitam acesso ou controlo remoto, em resposta a comentários publicados na conta Yuyuan Tantian, afiliada ao canal estatal chinês CCTV, na rede social Weibo.

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© Getty Images

Lusa
11/08/2025 08:37 ‧ há 3 dias por Lusa

Tech

Nvidia

Num comunicado citado pela própria Yuyuan Tantian, a Nvidia afirmou que a cibersegurança é de "importância crucial" para a empresa e garantiu que "não coloca portas traseiras nos seus 'chips' para dar a alguém acesso ou controlo remoto".

 

No domingo, a conta oficial chinesa indicou que alguns especialistas consideram tecnicamente possível integrar nos processadores de inteligência artificial funções como rastreio, localização ou desligamento remoto.

A publicação detalhou que estas funções poderiam incluir o bloqueio de licenças para inutilizar o 'chip' em caso de uso não autorizado, o rastreio de localização através da comunicação com servidores de referência, a monitorização de parâmetros como estado, tarefas de treino ou volume de cálculo, e a limitação de uso em grandes 'clusters' ou supercomputadores, restringindo a execução a modelos ou código previamente aprovados.

O comentário surge depois de, no final de julho, a Administração do Ciberespaço da China (CAC) ter convocado a Nvidia para esclarecer alegados riscos de segurança no H20, um modelo adaptado ao mercado chinês, na sequência das restrições dos Estados Unidos à exportação de 'chips' avançados.

Na ocasião, a CAC solicitou à empresa que apresentasse provas de que o produto não contém "portas traseiras".

A polémica surge poucas semanas depois de Pequim ter celebrado a decisão de Washington de voltar a autorizar a venda destes 'chips' no país asiático, após restrições impostas no quadro da guerra comercial entre as duas potências.

No entanto, a Nvidia, a par da AMD, acordou pagar aos Estados Unidos 15% das vendas de 'chips' avançados de inteligência artificial (IA) à China, segundo fontes próximas do acordo citadas pelo jornal The New York Times.

O H20 é uma das versões de menor capacidade adaptadas pela Nvidia para o mercado chinês, na sequência das limitações impostas nos últimos anos por Washington aos 'chips' avançados usados em IA, um setor considerado estratégico tanto pelos Estados Unidos da América como pela China, que continua dependente de terceiros nesta área.

Leia Também: Nvidia e AMD vão pagar aos EUA 15% das vendas de 'chips' à China

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