A Maserati atravessa tempos conturbados, e a Stellantis não põe de parte o cenário de venda da marca de carros de luxo italiana - uma das 14 que possui no seu portfólio.
De acordo com a agência Reuters, durante o processo de designação do novo diretor-executivo da Stellantis, a viabilidade de cada uma das marcas foi prioritária para o presidente John Elkann. Há poucas semanas, Antonio Filosa foi anunciado como o novo CEO da Stellantis.
Antes disso, em abril, foi contratada a consultora McKinsey, para prestar conselhos sobre os efeitos das tarifas americanas na Alfa Romeo e Maserati - sendo que, sobre a Maserati, uma das recomendações passa por um possível desinvestimento.
Duas fontes disseram à já referida agência de notícias que o aconselhamento ainda está numa fase inicial, sendo que um porta-voz da Stellantis deixou a garantia: "Com todo o respeito, a Maserati não está à venda".
Por outro lado, uma dessas fontes citadas pela Reuters alega que a Stellantis concluiu que tem demasiadas marcas sob a sua alçada, precisando de estabelecer prioridades. Na direção, parece haver uma divisão de opiniões. A recomendação da McKinsey é para deixar todas as opções em equação, não excluindo o cenário de venda.
Na direção da Stellantis, as opiniões dividem-se. A favor da Maserati, joga o facto de ser a única marca de luxo, pelo que alguns veem a potencial saída como perigosa do ponto de vista reputacional.
No ano passado, a marca de luxo vendeu apenas 11.300 unidades, tendo prejuízos operacionais avultados de 260 milhões de euros. Uma situação que se deverá agravar, já que neste momento não há planos para lançar quaisquer novos modelos nos próximos tempos.
Adquirida pela FIAT em 1993, a Maserati entrou na Stellantis em 2021 – quando a Fiat Chrysler Automobiles se fundiu com o PSA Group para formar a Stellantis.
A gama atual da marca de veículos de luxo inclui o Grecale, assim como o GranTurismo e o MC20.
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