Os Estados Unidos da América vão acabar com os incentivos à compra de veículos elétricos, que foram criados originalmente há quase duas décadas.
Segundo a agência Reuters, o Congresso aprovou legislação que põe um ponto final aos benefícios fiscais para quem comprar um carro elétrico. Será a partir de 30 de setembro.
A compra ou aluguer de veículos novos é apoiada, atualmente, em até 7.500 dólares (mais de 6.300 euros). Já para os usados, o apoio fiscal pode atingir 4.000 dólares (cerca de 3.400 euros).
As medidas foram criadas em 2008 cobrindo a aquisição de novas viaturas. Em 2022, a administração de Joe Biden estendeu-as a alugueres e deixou cair o limite de incentivo por construtor.
Para além do fim dos benefícios associados à compra de veículos elétricos, são eliminadas as multas para quem não cumpre as metas de consumos de combustível (o Corporate Average Fuel Economy) - facilitando a aposta em modelos de combustão.
São dois passos que reduzem significativamente a pressão para o fabrico prioritário de viaturas elétricas - num país em que as vendas deram, recentemente, sinais de abrandamento. Entre janeiro e março, foram vendidas mais de 360 mil unidades, num aumento que supera os dez por cento. Mas, no ano passado, assistiu-se a um crescimento muito menor face a 2023 - cerca de dez por cento, por comparação com os 40 por cento do ano anterior, segundo a Agência Internacional da Energia.
Citado pela Reuters, Dan Levy - analista automóvel da Barclays - acredita que o fim iminente dos incentivos à compra vai causar um disparar das vendas de carros elétricos nos EUA até ao fim de setembro com o antecipar de aquisições planeadas para alturas posteriores.
No entender do especialista, estas medidas vêm "reiterar o abrandamento futuro da penetração dos carros elétricos nos EUA, com a 'cenoura' [incentivos] e o 'pau' [multas aos construtores] aliviados".
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