No próximo ano, a Ford voltará a estar na Fórmula 1, numa cooperação com a Red Bull na qual fez crescer o seu envolvimento - passando a trabalhar, também, no motor de combustão.
Com a parte elétrica das unidades motrizes híbridas a ganhar preponderância, o construtor americano optou por voltar a estar na categoria rainha por querer aprender mais nesta área.
O diretor da Ford Motorsport, Mark Rushbrook, explicou à Motorsport aktuell que a ideia era aprender sobre todos os aspetos da eletrificação, desde a química das células de bateria aos motores, passando pela interação entre sistemas elétricos e motor de combustão e pela otimização da eficiência.
No entanto, segundo o dirigente, esse envolvimento cresceu: "Inicialmente, não estávamos realmente interessados em trabalhar no motor de combustão, mas agora estamos a fazê-lo porque é óbvio que ainda temos muito para aprender nesta área".
Mark Rushbrook disse depois: "Estamos sobretudo a ajudar com a produção de peças. Então, agora estamos a trabalhar em quase todo o carro, e também no lado operacional".
O passado da Ford na Fórmula 1
A Fórmula 1 está longe de ser uma novidade para a Ford, embora o seu último projeto remonte há mais de duas décadas. Entre 2000 e 2004, inscreveu a marca Jaguar que, curiosamente, foi adquirida precisamente pela Red Bull - com quem o fabricante faz agora parceria.
Antes disso, os motores da marca da Oval Azul equiparam monolugares de algumas equipas e até ganharam títulos - dois de pilotos com Michael Schumacher (1994 e 1995) e um de construtores com a Benetton.
Os propulsores da Ford também equiparam carros de F1 de outras equipas históricas como a Jordan, Minardi e Sauber, assim como da Stewart Grand Prix de Jackie Stewart.
A última vitória de um motor do fabricante na classe máxima remonta ao GP do Brasil de 2003, no qual Giancarlo Fisichella levou de vencida no meio de um caos tal que o resultado só foi definitivamente apurado 'na secretaria' - numa das situações mais caricatas da história moderna do desporto.
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