Vitinha chegou ao futebol italiano depois de uma experiência falhada no futebol francês. A ida para o Marseille após uma 'vida' no Sporting de Braga não lhe correu bem, apesar de esse falhanço estar relacionado com a saúde da mãe, tal como conta em entrevista publicada esta quinta-feira na imprensa italiana.
"Quero voltar a ser o Vitinha de Braga e estamos todos a trabalhar para esse objetivo. O programa está a correr bem e estamos a gerir bem a carga de treino para evitar lesões. O Vieira também está a fazer um bom trabalho nesse sentido. Esta é essencialmente a minha terceira época no Génova, mas é inegável que as lesões me atrasaram até agora", começou por dizer em declarações à Gazzetta dello Sport.
"Foi um período difícil do ponto de vista mental. Também me preocupava com a minha mãe, Maria, que agora está melhor. Ela também jogava futebol: futsal, era atacante como eu", disse ao abrir o coração e o jogo sobre a passagem pelo Marseille, em França.
"Outros jogadores vão certamente chegar. Penso que vamos começar a nova época com uma grande equipa e um grande grupo. Lembrando que a filosofia do "nós", e não do "eu", sempre se aplica aqui. Porque eu, o treinador ou qualquer colega de equipa sozinho não podemos fazer nada", continuou o avançado.
"Seleção? É a ambição de todos. Difícil, mas não impossível. E no Campeonato do Mundo... só de pensar já é uma alegria", confessou o avançado português.
"Sou o número nove, no ano passado pediram-me para fazer coisas diferentes. Se tenho de ajudar a equipa, faço-o com todo o gosto. Posso jogar a extremo ou a extremo. Em todo o caso, vou trabalhar sempre para provar que posso ser titular. Dar o meu melhor: é essa a minha filosofia dentro e fora do campo", analisou o luso.
"O grupo é a base de tudo. O resto é uma consequência. E, nesse sentido, trabalhar com Vieira desde o início da época pode ser uma vantagem para todos. Uma mudança na preparação em relação ao passado? Não exatamente. O 'motor' é o mesmo, apenas gerido de forma diferente", acrescentou.
"Em primeiro lugar, estou finalmente à vontade a falar italiano, e isso é o que conta. E depois, em Génova, encontrei o amor graças à Martina. Ela é uma pessoa positiva: não é adepta do Rossoblu, mas apoia-me em tudo. E, com ela, tenho agora a estabilidade emocional que me faltava: sim, estou mais tranquilo e mais feliz", assumiu o internacional jovem nos sub-21 de Portugal.
"O golo frente ao AC Milan foi um golo muito importante, porque me permitiu avançar com mais tranquilidade. Só me interessa ser um exemplo para os jovens, no campo e no balneário. Olhem para o ano passado. Fizemos excelentes exibições mesmo contra as grandes equipas. É isso que me agrada no Génova. Não temos medo e, mesmo quando os outros têm mais qualidade, colocamos mais ritmo e a nossa garra em campo", concluiu.
Leia Também: "O Torino fez uma ótima contratação. Franco Israel tem um grande futuro"