Rui Quinta acredita que Rodrigo Mora pode estar mesmo em vias de abandonar o FC Porto, apenas três meses depois de ter renovado contrato, até junho de 2030, passando a estar 'blindado' por uma cláusula de rescisão no valor de 70 milhões de euros.
Na opinião do antigo treinador-adjunto de Vítor Pereira, nos dragões, esta é a única explicação possível para que o internacional português não tenha saído do banco de suplentes, na passada segunda-feira, no categórico triunfo conquistado na receção ao Vitória SC, por 3-0, em jogo a contar para a jornada inaugural da I Liga.
"Um jogador com aquela qualidade, para não estar a ser utilizado, na minha perspetiva, alguma coisa poderá estar ali a tentar um negócio, possivelmente. Se não for, acho que é uma grande vitória para o FC Porto poder manter um jogador daquela qualidade à disposição do seu treinador. Se ficar, será, claramente, um acrescento de qualidade ao jogar coletivo", afirmou, em declarações prestadas à Rádio Renascença.
O jogador de apenas 18 anos de idade, recorde-se, chegou a ser apontado como alegado alvo do Paris Saint-Germain para a nova temporada. O conselheiro desportivo do presidente da formação francesa, o também luso Luís Campos, terá o compatriota bem referenciado, mas, até ao momento, ainda não terá sido formalizada qualquer proposta.
"O FC Porto era uma equipa sem identidade"
Rui Quinta aproveitou, ainda, a ocasião para se mostrar confiante quanto às possibilidades de o FC Porto vir a ter sucesso, na já iniciada temporada de 2025/26, especialmente, na sequência dos indicadores que tem vindo a dar, nos últimos jogos, sob as ordens do treinador italiano Francesco Farioli, o sucessor do argentino Martín Anselmi no cargo.
"O FC Porto era uma equipa sem identidade, no fundo. Muito pouco coletivo, uma confusão muito grande, uma disponibilidade limitada dos jogadores para se entregaram à defesa daquela equipa, daquele jogar. Agora, aquilo que eu vi foi jogadores ligados, uma ideia a que todos se agarraram", sublinhou.
Investimento máximo em 2025/26
A temporada de 2025/26 é, de resto, considerada, de resto, pela direção liderada por André Villas-Boas como sendo de extrema importância, como fica à vista pelo facto de esta ter investido já quase 100 milhões de euros em reforços para o plantel às ordens de Francesco Farioli.
Para já, chegaram ao Dragão Victor Froholdt (vindo do Copenhaga, por 20 milhões de euros), Gabri Veiga (vindo do Al-Ahli Jeddah, por 15 milhões de euros), Alberto Costa (vindo da Juventus, por 15 milhões de euros), Borja Sainz (vindo do Norwich City, por 13,3 milhões de euros), Nehuén Pérez (vindo da Udinese, por 13,3 milhões de euros), Jan Bednarek (vindo do Southampton, por 7,5 milhões de euros), Dominik Prpic (vindo do Hajduk Split, por 4,5 milhões de euros), Luuk de Jong (vindo do PSV, a 'custo zero') e João Costa (regressado a 'casa', vindo o Estrela da Amadora).
Em sentido inverso, consumaram-se as saídas de Francisco Conceição (para a Juventus, por 32 milhões de euros), Otávio Ataíde (para o Paris FC, por 17 milhões de euros), João Mário (para a Juventus, por 12 milhões de euros), Gonçalo Borges (para o Feyenoord, por dez milhões de euros), Fran Navarro (para o Sporting de Braga, por 2,7 milhões de euros), Samuel Portugal (emprestado ao Al-Okhdood), Gabriel Veron (emprestado ao Juventude), André Franco (emprestado ao Chicago Fire) e Iván Marcano (que terminou contrato e também a carreira).
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