Dois bancos emitem 850 milhões em dívida sénior com juros acima de 3%

O Millennium BCP e o Banco Montepio emitiram um total de 850 milhões de euros em dívida sénior preferencial, elegíveis para a melhoria de indicadores dos bancos, com taxas de juro acima dos 3,0%, foi comunicado ao mercado.

Euros dinheiro notas

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Lusa
17/06/2025 12:01 ‧ há 6 horas por Lusa

Economia

Banca

 

 

Na noite de segunda-feira, o Banco Comercial Português anunciou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a fixação de condições para a emissão de títulos representativos de dívida sénior elegível para o instrumento MREL.

No caso do BCP, foram emitidos 500 milhões de euros a seis anos e com uma taxa de juro fixa de 3,125% ao ano durante os primeiros cinco anos.

"No sexto ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a três meses com um 'spread' de 0,95%", acrescenta o banco, que refere que há possibilidade de reembolso antecipado no final do quinto ano.

"A colocação da emissão foi feita no mercado internacional e numa base muito diversificada de investidores institucionais, sobretudo, em fundos de investimento, bancos e fundos de pensões", disse o banco em comunicado enviado ao regulador do mercado.

Segundo a Bloomberg, a emissão teve como 'joint-lead managers' o BCP, o Goldman Sachs, o IMI -- Intesa Sanpaolo, o JP Morgan e a Morgan Stanley.

No Banco Montepio, a emissão, hoje anunciada, foi de 350 milhões de euros a quatro anos e atingiu uma procura de 2,4 mil milhões de euros, "valor superior em cerca de sete vezes o montante emitido".

A emissão do Banco Montepio tem um cupão fixo ao ano de 3,5% nos primeiros três anos e possibilidade de reembolso antecipado antes do quarto.

"Caso não seja exercida a opção de reembolso antecipado, a taxa para o último ano será indexada à Euribor a 3 meses acrescida de um 'spread' de 1,48%", acrescenta a instituição mutualista.

Também a operação do montepio é elegível para MREL.

O MREL ('minimum requirement on own funds and elegible liabilities') é um instrumento composto pelo requisito mínimo de fundos próprios e de dívida elegíveis.

Este instrumento tem um nível mínimo que é estabelecido pelo supervisor para cada banco e que deve garantir uma margem de capital e absorção de perdas em caso de resolução.

O Banco Montepio acrescentou que está a decorrer um exercício de gestão de passivos com vista à recompra e amortização antecipada de obrigações no valor de 200 milhões de euros e com maturidade em outubro de 2026.

Esta liquidação do Banco Montepio deverá ocorrer em 25 de junho.

Leia Também: Adiado acórdão de GNR na reserva acusado de tentar matar guarda em Chaves

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