O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Macau subiu 0,19% em maio, em termos homólogos, mais lento do que o valor registado em abril (0,23%), de acordo com dados oficiais divulgados pela Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
Apesar do IPC ter descido 0,05% em comparação com abril, o território escapou pelo terceiro mês consecutivo à deflação (queda anual nos preços no consumidor).
A deflação reflete debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
A China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, está há quatro meses consecutivo em deflação após o IPC ter recuado 0,1% em maio, o mesmo valor registado em abril e março.
Ainda assim, o indicador, divulgado pelo Gabinete Nacional de Estatística do país asiático em 09 de maio, sofreu uma queda menos acentuada do que as previsões da maioria dos analistas, que esperavam uma descida de 0,2%.
Na vizinha região de Hong Kong, a inflação recuou ligeiramente, de 2% em abril para 1,9%, em maio.
De acordo com os dados da DSEC de Macau, a desaceleração da inflação em maio deve-se ao custo das refeições adquiridas fora de casa, que subiu apenas 1,39%, enquanto os gastos com hipotecas dos apartamentos aumentaram somente 0,42%.
O índice dos preços da habitação caiu 11,7% no ano passado, apesar de a Autoridade Monetária de Macau ter aprovado três descidas da taxa de juro nos últimos três meses de 2024.
A Assembleia Legislativa de Macau aprovou, em abril do ano passado, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para "aumentar a liquidez" no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.
Apesar do aumento do número de visitantes, a região registou uma queda de 2,5% no preço do vestuário e calçado.
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