Em declarações à Lusa, a propósito da apresentação de resultados semestrais da EDP, o gestor disse que "é essencial rever em alta os retornos das redes em Portugal e em Espanha para níveis no mínimo em linha com a média europeia".
"Há que lembrar que nós em Portugal ainda pagamos a CESE, contribuição extraordinária para o setor energético, que é um imposto sobre os ativos, e também temos contadores que não são remunerados e, portanto, a remuneração líquida em Portugal é inferior à de outras geografias", destacou.
Segundo o CEO, "o retorno sobre o investimento nas redes tem que no mínimo estar ao nível do resto dos países europeus e, obviamente, devia também tentar compensar estes impostos adicionais".
Para o presidente da EDP, isto é essencial para "assegurar que há, de facto, o investimento necessário para a transição energética e que temos aqui um sistema elétrico robusto na Península Ibérica".
Quanto aos resultados semestrais, que disse serem "sólidos", o CEO deu conta de que a empresa está a melhorar as perspetivas para 2025.
Assim, as expectativas da EDP para este ano no que diz respeito ao EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) são de uma subida "de 4,8 para um intervalo de 4,8 a 4,9 mil milhões de euros".
O lucro líquido, "o que tínhamos antes, era uma estimativa de 1,2 mil milhões de euros para o ano como um todo" e "estamos a revê-la em alta para um intervalo entre 1,2 e 1,3 mil milhões de euros", disse, indicando ainda que mantêm a dívida líquida em 16 mil milhões de euros.
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