O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evocou, este domingo, Miguel Portas -, salientando que o arquiteto foi "uma das personalidades mais visionárias e brilhantes da vida académica, cultural, política e social da resistência de inspiração católica dos anos 50, 60 e 70 do século passado". Recorde-se que o arquiteto, pai de Paulo e Miguel Portas, morreu aos 90 anos.
Numa mensagem publicada na página da Presidência, o chefe de Estado vincou que Nuno Portas "foi notável como arquiteto, como professor, como urbanista, como animador de movimentos artísticos, culturais em geral, cívicos, políticos e sociais".
"Permaneceu assim desde a resistência à ditadura até às primeiras décadas da democracia. Sendo uma personalidade visceralmente solitária, dedicou-se à comunidade e deixou discípulos muito diversificados em todos os domínios em que foi excecional", destacou Marcelo Rebelo de Sousa na mesma nota.
O Presidente da República deixou ainda à família de Nuno Portas "as mais respeitosas, gratas e amigas condolências".
De lembrar que a notícia da morte foi tornada pública este domingo por Helena Sacadura Cabral, a primeira mulher do arquiteto, de quem se divorciou em 1968. No Instagram, a escritora revelou: "Foi com pesar, que tomei conhecimento da morte de Nuno Portas, pai dos meus dois filhos. Apesar de há muitos anos termos seguido caminhos diferentes, compartilhámos uma parte importante da vida e, acima de tudo, a dádiva de sermos pais de pessoas incríveis".
"Neste momento, o meu coração está especialmente voltado para o filho que me resta e para os nossos netos, que enfrentam, agora, a dor de uma perda profunda. Desejo que ele encontre paz, e que a memória do que foi bom siga viva no coração de quem o amou", concluiu.
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