Trump reuniu Conselho de Segurança Nacional e pondera intervenção no Irão

O presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu esta terça-feira o seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o conflito entre Israel e Irão, anunciou a Casa Branca, enquanto pondera uma intervenção neste país.

Donald Trump, EUA,

© Chip Somodevilla/Getty Images

Lusa
17/06/2025 22:52 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A reunião, que decorreu na Sala de Situação da Casa Branca, durou cerca de uma hora e 20 minutos, disse à AP um funcionário da presidência norte-americana que pediu o anonimato.

 

As autoridades norte-americanas insistem que Washington não está envolvido na ofensiva israelita, salientando que Donald Trump continua a considerar todas as opções possíveis.

Segundo os media norte-americanos, as opções em cima da mesa incluem a utilização de bombas norte-americanas de alta potência, conhecidas como "destruidoras de 'bunkers'", contra a instalação nuclear iraniana de Fordo, construída debaixo de uma montanha.

Israel tem nos últimos dias visado vários alvos do programa nuclear iraniano - incluindo instalações e cientistas - mas as suas bombas não conseguem atingir alvos a tão grande profundidade como Fordo.

A cadeia televisiva NBC noticiou, com base em altos responsáveis da administração que falaram anonimamente, que entre as opções consideradas por Trump está um ataque ao Irão.

O New York Times refere que Donald Trump também poderá enviar aviões-tanque para permitir que os aviões de guerra israelitas realizem missões de longo alcance.

Trump deu hoje a entender que entre as opções consideradas pelos Estados Unidos está a eliminação do líder supremo do Irão.

O Presidente norte-americano afirmou saber "onde se esconde" o 'ayatollah' Ali Khamenei, mas afastou, "por enquanto", tomar a decisão de matá-lo.

"Sabemos exatamente onde se esconde o chamado 'líder supremo'. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto", afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.

Trump advertiu que não quer "que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos" e destacou que "a paciência está a esgotar-se".

"Rendição incondicional", acrescentou, noutra publicação na rede social, o Presidente norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.

Trump abandonou abruptamente na segunda-feira a cimeira do bloco das sete economias mais industrializadas do mundo (G7) a decorrer no Canadá e regressou na madrugada de hoje a Washington.

O Presidente norte-americano sugeriu que a ofensiva ocorreu porque expirou o prazo que impôs a Teerão para fechar um acordo nuclear.

Israel iniciou em 13 de junho uma ofensiva contra o Irão, alegando ter como alvo o programa nuclear do país e a capacidade de fabrico de mísseis.

O Irão respondeu com o lançamento de mísseis e 'drones' contra diversas cidades israelitas.

Desde sexta-feira, terão morrido mais de 200 pessoas no Irão e cerca de três dezenas em Israel devido aos bombardeamentos mútuos, segundo as duas partes beligerantes.

Trump, afirmou hoje que os Estados Unidos (EUA) "têm agora o controlo total e completo dos céus do Irão", após a vaga de bombardeamentos do Exército israelita.

Segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ofensiva, ainda em curso, já destruiu "um grande número" de lançadores de mísseis e metade dos 'drones' (aeronaves não-tripuladas) de Teerão.

As suas declarações surgiram minutos depois de o vice-presidente norte-americano, JD Vance, ter confirmado que Trump poderá considerar necessário adotar "mais medidas" para travar o programa de enriquecimento de urânio do Irão.

O vice-presidente norte-americano advertiu o Irão de que pode desistir do enriquecimento de urânio mantendo a sua indústria atómica para fins pacíficos, comentando que ainda não viu "um único bom argumento" que justifique a violação das "obrigações em matéria de não-proliferação".

"Não vi uma única boa resposta às conclusões da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA)", sentenciou.

Leia Também: Trump afirma que EUA têm agora "total controlo" de céu iraniano

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