Lula acredita que se for candidato derrotará a direita nas presidenciais

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu em um 'podcast' que ainda não sabe se se vai recandidatar, mas que caso avance para as presidenciais de 2026 será para derrotar qualquer candidato de direita.

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Lusa
19/06/2025 23:13 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Eles [partidos de direita] podem procurar o candidato que quiserem, porque se eu for candidato será para ganhar as eleições", afirmou Lula da Silva no podcast "Mano a Mano", apresentado pelo rapper brasileiro Mano Brown.

 

Lula da Silva, que assumiu o seu terceiro mandato em 2023, após governar o país de 2003 a 2010, admitiu que aos 79 anos está disposto a concorrer às eleições, mas afirmou que não sabe se manterá esse entusiasmo em 2026.

"Se na hora da eleição eu estiver com a saúde que tenho hoje, com a vontade que tenho hoje e a disposição que tenho agora, serei candidato para vencer as eleições", disse o presidente brasileiro, que nos últimos sofreu com diversos problemas de saúde.

Na entrevista de quase duas horas que concedeu no domingo, publicada apenas hoje no Spotify, Lula da Silva mencionou vários candidatos de extrema-direita e da direita que poderia enfrentar, mas absteve-se de mencionar seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro, que atualmente enfrenta um julgamento por tentativa de golpe de Estado e que já foi condenado num processo eleitoral que o tornou inabilitado para concorrer às eleições até 2023 tem dito publicamente que será candidato.

Entre os possíveis rivais, o chefe de Estado brasileiro mencionou o atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e outros governadores de partidos de centro-direita que declararam ter aspirações presidenciais.

Tarcísio de Freitas, que foi ministro de Bolsonaro, é o candidato preferido entre os apoiadores do ex-presidente e o mais bem colocado nas sondagens onde aparece tecnicamente empatado com Lula da Silva caso ambos cheguem à segunda volta das presidências disputadas no país sul-americano no próximo ano.

Lula da Silva também lamentou a situação do Brasil ao assumir a presidência no lugar de Bolsonaro e chegou a compará-la à situação atual da Faixa de Gaza que sofre uma guerra entre Israel e o grupo Hamas.

Segundo o presidente brasileiro, seu antecessor "negava a democracia" e, por isso, o Brasil precisa reconstruir todo o seu tecido democrático.

Nesse sentido, Lula da Silva defendeu a regulamentação das redes sociais para salvaguardar o processo democrático e impedir a disseminação de ideias antidemocráticas.

"Se não as regulamentarmos, ficaremos vulneráveis", afirmou.

Lula da Silva admitiu ainda que a inflação e um escândalo de desvio de fundos destinados a pessoas reformadas estão afetando a imagem do seu Governo, mas considerou que a situação pode ser revertida porque o Brasil está crescendo, a inflação está caindo e o desemprego está diminuindo.

O presidente brasileiro acrescentou que os próximos meses serão de "colheita" das iniciativas do seu Governo o que deve ajudá-lo a melhorar sua popularidade antes das presidenciais de outubro de 2026.

Leia Também: Combate à escravatura moderna no Brasil perdeu força sob Bolsonaro

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