Medvedev pede que Irão e Israel "renunciem" a programas nucleares

Dmitry Medvedev defendeu que ambos os países devem abandonar eventuais programas nucleares. Note-se que a Rússia, através do Ministérios dos Negócios Estrangeiros, já tinha condenado os bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares no Irão,

Medvedev

© Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
22/06/2025 23:02 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Médio Oriente

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, afirmou, este domingo, que Israel e Irão devem "renunciar" aos seus programas nucleares, acusando Telavive de ter "um programa nuclear secreto". 

 

"O Irão tem armas nucleares? Não sabemos, mas sabemos que Israel tem um programa nuclear secreto. Bem, que ambos renunciem a esses programas sob a supervisão do Conselho de Segurança da ONU e da AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica]", escreveu Medvedev na sua página na rede social russa VKontakte,  segundo cita a agência estatal TASS. 

A Rússia, através do Ministérios dos Negócios Estrangeiros, já tinha condenado os bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares no Irão, ataques que levam o chefe da diplomacia iraniana a Moscovo para falar com o presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira. 

A diplomacia russa considerou os ataques "uma grave violação do direito internacional, da Carta das Nações Unidas e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU".

Dmitry Medvedev tinha afirmado, há algumas horas, que vários países estão preparados para fornecer armas nucleares a Teerão. O ex-chefe de Estado russo não especificou quais são esses países, mas afirmou que o ataque norte-americano causou danos mínimos e também não impede Teerão de desenvolver armas nucleares.

Rússia e China condenam ataques dos EUA. MNE iraniano vai a Moscovo

Rússia e China condenam ataques dos EUA. MNE iraniano vai a Moscovo

A Rússia e a China, através dos respetivos ministérios dos Negócios Estrangeiros, condenaram hoje os bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares no Irão, ataques que levam o chefe da diplomacia iraniana a Moscovo para falar com o Presidente russo.

Lusa | 14:00 - 22/06/2025

Os Estados Unidos bombardearam esta madrugada três importantes instalações nucleares no Irão, juntando-se à ofensiva militar iniciada por Israel contra o país persa em 13 de junho, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.

Os ataques dizimaram infraestruturas militares e nucleares do Irão, que tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, assim como várias instalações militares espalhadas pelo país.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, admitiu "claros impactos" nas instalações nucleares iranianas de Fordo, Natanz, que foi arrasada, e Isfahan, que está praticamente inoperacional.

"Há indícios claros de impactos, mas não podemos dizer nada sobre os danos nas instalações subterrâneas", disse Grossi à CNN sobre as instalações de Fordo, protegidas por uma montanha de rocha perfurada esta manhã por "pelo menos duas bombas MOP de alta penetração", a primeira vez que foram utilizadas em combate, segundo os Estados Unidos.

Segundo o responsável da agência de energia atómica da ONU, não se pode excluir que tenham ocorrido danos significativos nestas instalações nucleares subterrâneas.

O diretor-geral da AIEA reiterou ainda que, embora a sua organização tenha lamentado a falta de informação fornecida pelo Irão nos últimos meses sobre o seu programa nuclear, também não dispunha dos elementos necessários "para demonstrar que planeava desenvolver uma arma nuclear", como afirmam os Estados Unidos e Israel.

Na manhã de hoje, a AIEA tinha referido que "não houve aumento nos níveis de radiação fora do local" após os ataques.

Leia Também: Objetivos israelitas para o Irão ficaram "mais perto" após ataque dos EUA

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas