Teerão justifica ataque a base no Qatar como "legítima defesa" contra EUA

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, garantiu que ataque não foi contra Qatar, mas sim para o país se defender dos Estados Unidos da América (EUA).

Abbas Araqchi

© Sayed Hassan/Getty Images

Lusa
24/06/2025 12:43 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Irão justificou hoje os seus ataques a uma base norte-americana perto de Doha, na segunda-feira, como uma ação de legítima defesa contra os Estados Unidos e rejeitou que tenham sido contra o Qatar.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, disse por telefone ao seu homólogo do Qatar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani - que também é primeiro-ministro do país -, que o ataque à base norte-americana em Al-Udeid "foi realizado em legítima defesa do Irão", após os ataques norte-americanos às suas instalações nucleares no fim de semana, segundo um comunicado do MNE iraniano, horas depois da convocação do embaixador do Irão em Doha.

Este ataque, segundo Araqchi, "não deve, de forma alguma, ser interpretado como um ato contra o Governo fraterno e amigável do Qatar".

Al-Thani declarou hoje que o seu país vai responder ao ataque iraniano de segunda-feira à base norte-americana com medidas "diplomáticas e legais".

"Instamos aos lados norte-americano e iraniano a regressarem imediatamente à mesa das negociações (...) para chegar a uma solução diplomática", disse Al-Thani durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo libanês em Doha.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na noite de segunda-feira um acordo de cessar-fogo para travar a escalada de hostilidades entre Jerusalém e Teerão. Desde que Israel lançou um ataque militar contra o Irão em 13 de junho, apoiado pelos EUA, os dois países trocaram ataques com 'drones' e mísseis.

Após aceitarem o cessar-fogo, israelitas e iranianos acusaram-se hoje, mutuamente, de romperem a trégua com novos ataques.

O primeiro-ministro do Qatar, mediador entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, em guerra na Faixa de Gaza, afirmou também esperar que Israel não se aproveite da trégua com o Irão para concentrar os seus ataques na Faixa de Gaza, onde os israelitas estão em guerra com o grupo islamita Hamas desde outubro de 2023.

"Esperamos que o lado israelita não se aproveite do cessar-fogo com o Irão para desencadear o que quiser em Gaza e continuar os seus bombardeamentos", disse Al-Thani, afirmando que tentará organizar negociações indiretas entre as duas partes "nos próximos dois dias".

Leia Também: Teerão acusa Telavive de nova onda de ataques após cessar-fogo

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