A operação foi coordenada pelo Departamento Federal de Investigação Criminal (BKA) da Alemanha e foram interrogados vários suspeitos, mas segundo um comunicado do BKA, ninguém ficou detido.
A mesma fonte referiu que as investigações em curso abrangem "todo o espetro" da criminalidade de motivação política e que cerca de dois terços das publicações de ódio na internet podem ser atribuídas a ideologias políticas de direita.
O BKA acrescentou que as infrações que os suspeitos podem ter cometido são, sobretudo, crimes de ódio, utilização de cartazes de organizações anticonstitucionais ou terroristas, apologia de atos criminosos e difamação.
O ministro do Interior (correspondente ao Ministério da Administração Interna) Alexander Dobrindt disse aos jornalistas que as investigações estão concentradas na "radicalização e polarização" da sociedade alemã.
"A radicalização na internet é uma base sobre a qual se podem desenvolver mais tarde ideologias radicais e atos violentos", afirmou Dobrindt.
O BKA sublinhou que as "publicações documentadas" de discurso de ódio através da internet quadruplicaram em 2024 em comparação com 2021, com 10.732 casos em comparação com 2.411, a maioria dos quais atribuíveis a ideologias políticas de direita.
O mesmo organismo admitiu, no entanto, que uma das razões para este aumento de publicações pode ser resultado de uma maior atividade das autoridades policiais a perseguir possíveis crimes.
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