Hungria instiga membros da UE a "rebelião" contra política migratória

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, instigou hoje os seus homólogos da União Europeia (UE) a optarem por "uma rebelião", como faz o seu país, face a uma política migratória europeia que considera não funcionar.

Viktor Orbán

© FERENC ISZA/AFP via Getty Images

Lusa
26/06/2025 12:07 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Migrações

"A posição da Hungria é a rebelião. Já falámos [na UE] mil vezes sobre como alterar a legislação migratória e torná-la mais eficaz e nada acontece, [os migrantes] continuam a chegar", afirmou Orbán à imprensa à chegada a uma cimeira europeia.

 

"O que sugiro a todos os meus colegas é a rebelião. Temos de pagar um milhão de euros por dia, é o custo pela rebelião. Mas funciona, é um bom investimento para o futuro. Nós pagamos. É a única forma", acrescentou.

Segundo Órban, a única forma de impedir as chegadas de migrantes é fazer o que a Hungria fez: "garantir que ninguém pode entrar em território húngaro sem a permissão das autoridades" nacionais.

O primeiro-ministro húngaro afirmou que o seu país defende esta política, apesar de ter sido multado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

Em dezembro de 2020, o TJUE considerou que a Hungria não cumpriu a legislação da UE relativa aos procedimentos de concessão de proteção internacional e de regresso de nacionais de países terceiros em situação irregular.

Posteriormente, em junho de 2024, o Tribunal Europeu decidiu que Budapeste não implementou deliberadamente a decisão de 2020, impondo uma multa de 200 milhões de euros e uma multa de um milhão de euros por cada dia de atraso no cumprimento da referida decisão.

Embora a migração não esteja na agenda da reunião europeia -- para discutir o apoio à Ucrânia face à invasão russa e pedir uma solução diplomática para o Médio Oriente, entre Israel e Irão, após uma cimeira da NATO centrada no reforço militar -, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enviou esta semana uma carta aos líderes europeus, como faz em todas as cimeiras, descrevendo as medidas tomadas a nível europeu nesta área e as áreas em que é necessário mais trabalho.

Além disso, os países que defendem uma postura mais dura em relação à migração realizam tradicionalmente uma reunião informal à margem da cimeira para analisar a situação migratória e trocar ideias.

Leia Também: Orbán pede à Comissão Europeia que não interfira "em questões penais"

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