"Durante a minha chamada telefónica com o Sheikh Mohamed Bin Zayed, expressei profunda preocupação com a situação humanitária em Gaza e na Cisjordânia", escreveu António Costa nas redes sociais.
Considerando os Emirados Árabes Unidos um "importante parceiro e de confiança", o ex-primeiro-ministro de Portugal disse que a UE vai continuar em "contacto próximo" com o país com quem os 27 do bloco comunitário "partilham interesses em várias áreas".
Na madrugada de hoje, o presidente do Conselho disse, em conferência de imprensa, que a União Europeia "não deve ficar impávida" sobre a situação humanitária em Gaza, face à invasão israelita.
Um relatório da diplomacia comunitária, discutido na segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu, indiciou que Israel terá violado o acordo de associação com a UE, especificamente o artigo 2.º, sobre obrigações de respeitar os direitos humanos, com as suas ações em Gaza.
"Não devemos estar impávidos e devemos dialogar com Israel e confrontar Israel com os dados objetivos do relatório [europeu] e procurar que Israel faça aquilo que tem que fazer: aceitar o cessar-fogo, permitir a ajuda humanitária chegue à população de Gaza, assegurar que terminam os novos colonos ilegais na Cisjordânia, ao mesmo tempo que continuamos, obviamente, a dizer que o Hamas tem que, de forma incondicional, libertar os reféns", disse António Costa.
Falando em conferência de imprensa no final de uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE apontou: "Relativamente a Israel, como sabem, Israel é um amigo, mas com amigos temos de ser francos, abertos e claros".
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