Senado dos EUA aprova cortes de nove mil milhões em ajuda externa

O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje cortes orçamentais na ordem dos nove mil milhões de dólares, a pedido do Presidente Donald Trump, que visam o serviço público de radiodifusão e a ajuda externa.

capitolio eua, senado

© Getty Images

Lusa
17/07/2025 16:04 ‧ há 7 horas por Lusa

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A legislação, que agora segue para a Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), terá pouco impacto na dívida do país, mas poderá ter grandes efeitos no orçamento da Corporação para Radiodifusão Pública (CBP, na sigla inglesa) e na ajuda alimentar externa fornecida pelos Estados Unidos (EUA).

 

Os cortes na radiodifusão serão de 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 949,3 milhões de euros, ao câmbio atual) que seriam canalizados pela CBP para a estação pública de rádio, NPR, e o canal de televisão público, PBS.

O valor cortado às estações seria suficiente para financiá-las durante dois anos.

Num comunicado divulgado momentos após a votação, a diretora-geral da rádio pública NPR, Katherine Maher, apelou à Câmara dos Representantes para que "rejeite esta eliminação dos meios de comunicação social públicos, que prejudica diretamente as respetivas comunidades e constituintes e pode muito bem colocar vidas em risco". 

Dos nove mil milhões de dólares, sete mil milhões (cerca de seis mil milhões de euros) vão afetar vários programas de ajuda externa, com alguns membros republicanos do Senado a discordar destes cortes.

Uma das iniciativas afetadas trata-se da PEPFAR, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da Sida, criado pelo antigo presidente republicano George W. Bush. 

Russ Vought, diretor do Gabinete de Gestão e Orçamento, afirmou que a aprovação iminente de um novo pacote de cortes nas despesas demonstra "entusiasmo" em controlar a situação fiscal do país.

"Estamos felizes por nos esforçarmos ao máximo para conseguirmos fazer isto", disse.

Em resposta a perguntas sobre a dimensão relativamente pequena dos cortes -- nove mil milhões de dólares (na ordem dos 7,7 mil milhões de euros) - Vought disse que isso se deve ao facto de "saber que seria difícil" de aprovar no Congresso um valor mais elevado, e que estão previstas mais reduções de verbas.

 É "provável que venha outro pacote de rescisões em breve", disse Vought.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, afirmou, por sua vez, que é necessário "voltar à sanidade fiscal"e que este é "um passo importante".

"Não podemos gastar os fundos dos contribuintes no estrangeiro, envolvendo-nos em todo o tipo de atividades nefastas. É para isso que serve este pacote de rescisões, para acabar com isso", acrescentou Johnson.

Aprovado pouco depois das 02:00 da manhã locais (06:00 em Lisboa), a votação de 51-48 aconteceu depois de os democratas terem tentado eliminar múltiplas das propostas de redução durante as 12 horas de votação de alterações.

Nenhumas das propostas de alteração democratas foram adotadas.

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