Ucrânia. Parlamento Europeu considera corrupção "uma questão premente"

O Parlamento Europeu considerou hoje que a corrupção ainda é "uma questão premente" na Ucrânia, apesar dos esforços do país invadido pela Rússia para combatê-la, pedindo que Kyiv cumpra "as promessas feitas" para aderir à União Europeia.

Parlamento Europeu

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Lusa
23/07/2025 10:12 ‧ ontem por Lusa

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Após uma visita de dois dias a Kyiv da delegação da comissão de Controlo Orçamental do Parlamento Europeu, o seu presidente, o eurodeputado alemão Niclas Herbst, afirma em comunicado que, tal como noutros países visitados, "a corrupção continua a ser uma questão premente".

 

"A Ucrânia é um país que resiste a um opressor e o trabalho que o seu povo tem conseguido realizar neste contexto é notável. As autoridades ucranianas têm investido grandes esforços nos últimos anos para implementar reformas e, quando surgem escândalos, isso demonstra que os mecanismos anticorrupção e de fiscalização estão a funcionar", acrescenta.

Vincando "ainda haver muito por fazer", Niclas Herbst diz à Ucrânia que "agora é o momento de cumprir as promessas feitas" e realizar reformas no domínio do Estado de Direito e da luta contra a corrupção.

Os eurodeputados esperam que estas reformas contribuam para o avanço nas negociações de adesão à UE, após o país ter obtido o estatuto oficial de candidato em meados de 2022 e de ter iniciado conversações no final desse ano.

A visita, que ocorreu na segunda-feira e terça-feira, foi liderada por Niclas Herbst e contou com três outros eurodeputados, que se reuniram com organizações não-governamentais, jornalistas de investigação, membros do parlamento ucraniano, membros do governo e líderes de instituições públicas.

"Esta missão decorreu num contexto invulgar, com a entrada em funções de um novo governo. Tomámos nota desta mudança e continuamos confiantes na continuação de uma boa cooperação, como mostraram os encontros com os novos responsáveis e, além disso, as autoridades ucranianas estão a cooperar intensamente com as instituições da União Europeia para melhorar a gestão e o controlo dos dinheiros públicos", indicou ainda o responsável.

A Ucrânia foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

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