China confirma nova ronda de negociações comerciais com os EUA

O Ministério do Comércio da China confirmou hoje que realizará na próxima semana uma terceira ronda de negociações comerciais com os Estados Unidos, em Estocolmo, após reuniões anteriores em Genebra e Londres.

vice-primeiro-ministro He Lifeng, China,

© Getty Images

Lusa
23/07/2025 10:27 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Estocolmo

O vice-primeiro-ministro He Lifeng liderará novamente a delegação chinesa nas conversações, que terão lugar entre 27 e 30 de julho na capital sueca, segundo um breve comunicado publicado no portal oficial do ministério.

 

"As duas partes seguirão os consensos importantes alcançados pelos chefes de Estado da China e dos EUA, Xi Jinping e Donald Trump, na conversa telefónica de 5 de junho", indicou o porta-voz ministerial.

O texto acrescenta que ambas as delegações irão "dar pleno uso ao mecanismo de consultas económicas e comerciais" e continuar a negociar "questões de interesse comum num espírito de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica".

Pequim confirma assim a informação avançada na terça-feira pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que indicou que as reuniões decorrerão entre segunda e terça-feira, com o objetivo de negociar uma extensão da trégua comercial de 90 dias, que termina a 12 de agosto.

Na primeira ronda de contactos de maio passado em Genebra, os dois países acordaram suspender temporariamente o embargo comercial de facto, resultante da escalada tarifária iniciada por Trump em abril.

Posteriormente, em Londres, foi assinado um acordo-quadro para aliviar restrições à exportação de bens estratégicos, como 'chips' por parte dos EUA e terras raras -- minerais essenciais para setores como a defesa e a indústria aeroespacial -- no caso chinês.

De acordo com a agência Bloomberg, Washington pretende nesta nova ronda encontrar formas de reduzir o défice comercial com Pequim e exigir medidas mais eficazes contra o tráfico de precursores químicos usados na produção de fentanilo. A China, por sua vez, deverá solicitar maior acesso a tecnologias avançadas, incluindo no setor dos semicondutores, onde continua dependente de fornecedores externos.

Leia Também: EUA e China retomam negociações comerciais na próxima semana em Estocolmo

Partilhe a notícia


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas