Processo de mil milhões: Melania Trump quer processar filho de Joe Biden

"Epstein apresentou Melania ao Trump, foi assim que se conheceram. As ligações são tão amplas e profundas", garantiu Hunter Biden, filho do ex-presidente Joe Biden, numa entrevista no início de agosto.

Donald Trump, Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, Melania Trump

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Carolina Pereira Soares
14/08/2025 10:06 ‧ há 3 horas por Carolina Pereira Soares

Mundo

EUA

A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, ameaçou processar Hunter Biden, filho do antigo presidente norte-americano, em mil milhões de dólares, devido a declarações "obscenas" que relacionam o casal com Jeffrey Epstein.

 

Numa entrevista ao Channel 5 publicada no Youtube no início do mês, Hunter Biden afirmou que foi Epstein (infame predador sexual, condenado por abusos e tráfico) que apresentou Melania e Donald Trump.

"Epstein apresentou Melania ao Trump, foi assim que eles se conheceram. As ligações são tão amplas e profundas", garantiu.

Mas segundo uma carta enviada pelo advogado da primeira dama a Hunter Biden, e noticiada em primeira mão pela Fox News, a afirmação é falsa, difamatória e "extremamente obscena".

A equipa jurídica de Melania considerou ainda que as declarações do filho do ex-presidente causaram "danos financeiros e à reputação" da mulher de Trump.

Por isto mesmo, Melania Trump exige que Hunter Biden retire as declarações e peça desculpa. Se não o fizer, a primeira-dama diz que vai avançar com um processo de cerca de 854 milhões de euros.

"O incumprimento deixará a sra. Trump sem outra opção senão exercer todos os direitos e recursos legais à sua disposição para recuperar os danos financeiros e à reputação que lhe causou", escreveu o advogado.

Segundo a carta, Hunter Biden tinha até dia 7 de agosto para acatar as exigências - uma fonte próxima da situação disse à Fox News que o filho de Biden não o fez.

A fonte para as "declarações falsas", de acordo com o advogado, é "o fabulista Michael Wolff, cujas mentiras foram publicadas pelo The Daily Beast".

O jornal, continuou a carta, já emitiu um pedido de desculpa formal a Melania e retirou as declarações "falsas e difamatórias" ao "apagá-lo por inteiro".

"Apesar disto, [Hunter Biden] confiou injustificadamente nas declarações falsas, difamatórias, depreciativas e inflamatórias do sr. Wolff sobre a sra. Trump e decidiu maliciosamente republicá-las", alegou.

Tudo, defendeu o advogado, como uma forma de chamar atenção para si próprio.

"Dado o seu vasto historial de usar o nome de outras pessoas - incluindo o seu próprio apelido - para benefício pessoal, é óbvio que publicou estas declarações falsas e difamatórias sobre a Sra. Trump para chamar a atenção para si", disse ainda na carta.

Apesar de, efetivamente, Donald Trump e Jeffrey Epstein terem sido amigos durante anos (tendo essa amizade, alegadamente, terminado nos início dos anos 2000) não há qualquer prova de que Trump e Melania se tenham conhecido através de Epstein.

O casal tem mantido ao longo dos anos que se conheceram numa festa de uma agência de modelos em novembro de 1998.

A carta a Hunter Biden acontece numa altura em que a Casa Branca, e o próprio presidente dos Estados Unidos, estão sobre imensa pressão (tanto das alas republicana como democrata) para tornar públicos os ficheiros sobre a investigação a Jeffrey Epstein.

Durante a campanha, que lhe valeu o segundo mandato, Trump prometeu publicar os ficheiros se regressasse à Sala Oval para que todos cúmplices, e clientes, do pedófilo condenado fossem conhecidos.

Desde aí, o  Departamento Federal de Investigação (FBI) afirmou que não há nenhuma lista "incriminatória" de associados de Epstein. Muitos norte-americanos não acreditam nas declarações do FBI e consideram que Donald Trump não partilha os ficheiros porque o seu nome é um dos que consta na lista.

Leia Também: Donald Trump não está "muito otimista" sobre cimeira com Vladimir Putin

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