Menores roubam carro e matam idosa em Itália. "São crianças", lamenta mãe

Quatro menores entraram num carro roubado, aceleraram e mataram uma idosa de 71 anos, nos arredores de Milão. A conduzir estava um adolescente de 13 anos, acompanhado por dois meninos de 12 anos e uma menina de 11. Após os crimes, colocaram-se em fuga.

Polícia, Milão, Itália,

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Márcia Guímaro Rodrigues
13/08/2025 17:17 ‧ há 3 horas por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Itália

Um grupo de quatro crianças - com idades entre os 11 e os 13 anos - roubou um carro e atropelou uma idosa, de 71 anos, nos arredores de Milão, em Itália, na segunda-feira. Após o crime, os menores fugiram do local e só foram localizados no dia seguinte pelas autoridades. A mãe de um dos menores lamentou o acidente, mas lembrou que os suspeitos "não são adultos, são apenas crianças".

 

Segundo a agência de notícias italiana ANSA, o acidente ocorreu na manhã de segunda-feira. Nesse dia, os quatro menores entraram numa loja e compraram camisolas amarelas do Pokemon - vestuário que os denunciaria e levaria à sua detenção na manhã de terça-feira.

Pouco tempo depois, entraram num carro roubado a um turista francês de 20 anos, aceleraram pelas ruas de Milão e atropelaram Cecilia De Astis, uma idosa de 71 anos, que caminhava na via Saponaro.

A conduzir ia um adolescente de 13 anos, acompanhado por outros dois menores de 12 anos e uma menina de 11. Todos saíram do carro e fugiram sem olhar para trás e sem socorrer a vítima. A mulher, que foi projetada vários metros, acabou por morrer pouco tempo depois de chegar ao hospital.

Os menores acabaram por ser localizados pela polícia local num acampamento cigano em Selvanesco, após os agentes analisarem as imagens do acidente, captadas pelas câmaras de videovigilância.

Através das imagens, foi possível identificar as camisolas amarelas que haviam comprado e localizar a loja, onde obtiveram uma imagem mais nítida dos rostos dos menores. 

A autoridade procedeu à identificação dos menores, todos nascidos em Itália, e entregou-os ao Ministério Público, uma vez que são inimputáveis por terem menos de 14 anos. 

Agora, explica a ANSA, os procuradores terão de averiguar as medidas que irão pedir ao Tribunal de Menores. Do ponto de vista civil, poderão solicitar o afastamento dos pais, considerados inadequados, no caso mais grave. Já do ponto de vista penal, poderão pedir a colocação num centro de correção, caso o menor seja considerado socialmente perigoso. 

Na terça-feira, à saída de uma esquadra da polícia local de Milão, a mãe de um dos menores lamentou a morte de Cecilia De Astis, mas lembrou que os suspeitos "não são adultos, são apenas crianças".

Segundo contou aos jornalistas, a família, que se muda "frequentemente", está no acampamento há "sete ou oito meses" e, antes de chegar a Milão, tinham estado em Bolonha e em Roma. 

"O meu marido está na prisão por crimes antigos, eu estou lá naquele acampamento com as crianças. Só há mulheres, não há homens", lamentou ao La Reppublica.

Na segunda-feira, o filho e as outras crianças "chegaram tarde" e, apesar de terem sido questionados sobre o que tinha acontecido, "não disseram nada". 

"Ficámos preocupados porque víamos a polícia passar muitas vezes na rua. Não compreendíamos, não sabíamos o que pensar", disse. "De repente, começaram a chorar. Contaram-nos sobre essa tragédia, sobre o acidente, sobre o que tinha acontecido".

Questionada sobre o que poderia dizer aos familiares da vítima, respondeu: "O que posso dizer... Estou a chorar desde esta manhã, pelo meu filho e por ela. Mas o que posso dizer, realmente? Eles não são adultos, são apenas crianças. Nem eu sei o que pensar".

Por sua vez, Filippo Di Terlizzi, um dos dois filhos de Cecilia De Astis, frisou que "esta tragédia não pode ser justificada como azar".

"Trata-se de um homicídio que não deveria ter acontecido", afirmou ao Corriere della Sera. "Aquelas crianças criadas na delinquência não deviam estar ali".

Leia Também: Naufrágio em Itália. Há um recém-nascido entre os, pelo menos, 20 mortos

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