Hashem Abedi, o líbio que ajudou o irmão a planear um atentado suicida num concerto de Ariana Grande, em Manchester, em 2017, foi acusado, esta quarta-feira, de tentativa de homicídio de três guardas prisionais.
Segundo a agência de notícias Reuters, o homem, de 28 anos, foi acusado de cinco crimes após um incidente ocorrido no passado dia 11 de abril, na prisão HMP Frankland, em Durham, no qual quatro guardas prisionais ficaram feridos.
No total, Abedi foi acusado de três acusações de tentativa de homicídio, uma de agressão com lesão corporal e uma acusação de posse ilegal de faca. Deverá comparecer no Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, no dia 18 de setembro.
Na altura do ataque, ocorrido em meados de abril, a BBC revelou que em causa estiveram não só queimaduras como também esfaqueamentos. Hashem Abedi atirou óleo quente para cima de três agentes e esfaqueou-os com uma "arma caseira".
Após o ataque, os três guardas foram transportados para o hospital com ferimentos graves. Outro sofreu ferimentos ligeiros.
Hashem Abedi acabou por transferido da prisão de Frankland e o Ministério da Justiça assegurou que iria haver uma investigação independente ao incidente.
Bombista do ataque de Manchester ataca guardas com óleo e "arma caseira"
Hashem Abedi, de 28 anos, foi condenado a pelo menos 55 anos de prisão até ser elegível para liberdade condicional após o ataque na Arena de Manchester, que aconteceu em 2017, durante um concerto de Ariana Grande.
Notícias ao Minuto | 10:44 - 14/04/2025Hashem Abedi ajudou o irmão a preparar ataque suicida em Manchester. Mais de 20 pessoas morreram
Hashem Abedi, recorde-se, é o irmão mais novo de Salman Abedi, autor do atentado suicida ocorrido na Manchester Arena, em maio de 2017, no final de um concerto da artista norte-americana Ariana Grande.
No total, o ataque provocou 22 mortos, a maioria dos quais crianças e adolescentes, e centenas de feridos.
Em 2020, Hashem Abedi foi condenado a 55 anos de prisão após ter ficado provado que ajudou o irmão a preparar o dispositivo explosivo. O homem, natural da Líbia, admitiu ter ajudado a planear o ataque e disse ser um "apoiante do Estado Islâmico".
Na altura da detenção de Hashem, pouco tempo após o ataque, a força de segurança de contraterrorismo líbia, conhecida como Rada, indicou que os irmãos se radicalizaram em 2015, no Reino Unido, através da internet e influência de amigos.
"Hashem disse que ele e Salman obtiveram a ideologia do Daesh em Manchester, em 2015, através da internet e de alguns amigos no Reino Unido", afirmou Ahmed bin Salem, porta-voz da Rada. "Acrescentou que ele e o irmão costumavam ver vídeos e que tinham simpatia pelas crianças na Síria. Decidiram fazer algo pelo Daesh, para ajudar".
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