Desde quinta-feira, as chuvas torrenciais causaram inundações, cheias súbitas e deslizamentos de terra que destruíram aldeias inteiras, deixando habitantes presos sob os escombros. Muitas vítimas morreram arrastadas pelas águas, no desabamento das suas casas ou eletrocutadas. Só naquela província fronteiriça com o Afeganistão registaram-se 317 mortes em dois dias, metade do total da atual época de monção.
No distrito de Buner, "pelo menos 150 pessoas estão dadas como desaparecidas e poderão estar presas sob os destroços das suas casas ou terem sido arrastadas pelas águas", declarou à AFP Asfandyar Khattak, diretor da Autoridade Provincial de Gestão de Catástrofes.
O Paquistão, o quinto país mais populoso do mundo, é um dos mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas.
Os 255 milhões de paquistaneses já sofreram, nos últimos anos, inundações maciças e mortíferas, rebentamentos de lagos glaciais e secas inéditas --- fenómenos que, segundo os cientistas, tenderão a multiplicar-se sob a influência das alterações climáticas.
Também na China, inundações repentinas atingiram no sábado à noite a região da Mongólia Interior, matando nove pessoas e deixando três desaparecidas. Treze campistas foram surpreendidos pela subida "repentina" das águas na zona de Urad por volta das 22h00 (14h00 GMT), avançou a agência Xinhua.
Mais de 700 operacionais estão envolvidos nas operações de busca dos desaparecidos, tendo apenas uma pessoa sido resgatada com vida.
Leia Também: Mais de 320 mortos nas monções no Paquistão