O teste foi realizado este sábado, segundo a agência norte-coreana, durante o qual estiveram presentes vários oficiais do partido e militares, entre eles o comandante da Força Aérea norte-coreana, o marechal Kim Kwang-hyok.
"Durante o lançamento, avaliou-se que os novos sistemas de mísseis de defesa aérea têm uma capacidade de combate superior e uma resposta rápida a vários alvos aéreos, como drones de ataque e mísseis de cruzeiro", afirmou a KCNA, acrescentando que o modo de operação e resposta das armas "se baseia numa tecnologia única e especial".
Kim Jong-un aproveitou o evento para destinar "uma tarefa importante a ser realizada pelo setor de ciência de defesa nacional" antes do Congresso do Partido dos Trabalhadores, segundo o meio de comunicação, que não forneceu detalhes.
O teste de lançamento norte-coreano ocorreu, como vem a acontecer há vários anos, quando a Coreia do Sul e os Estados Unidos se encontram a realizar manobras militares conjuntas anuais - o exercício Ulchi Freedom Shield - que este verão começaram na segunda-feira e se prolongarão por onze dias.
Pyongyang emitiu vários comunicados desde o início destes exercícios, criticando-os.
Na semana passada, antes de começarem, Kim Jong-un classificou-os como uma forma dos aliados expressarem a vontade "provocar uma guerra", ao que se seguiram declarações de sua influente irmã, Kim Yo-jong, que afirmou que o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, não é capaz de "mudar o curso da história".
Desde que assumiu o cargo no início de junho, Lee Jae-myung optou por uma postura de aproximação com o Norte, mas Pyongyang rejeitou até agora qualquer possibilidade de retoma do diálogo intercoreano.
O teste norte-coreano foi realizado no mesmo dia em que Lee se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, em Tóquio, antes de um encontro esta segunda-feira com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington.
Leia Também: Coreia do Norte acusa Coreia do Sul de "grave provocação" na fronteira