Médicos formados pela Universidade de Macau vão poder exercer em Portugal

Os médicos formados na futura Faculdade de Medicina da Universidade de Macau (UM), a partir de 2028, poderão também exercer em Portugal, disse este domingo à Lusa um dirigente da Universidade de Lisboa (ULisboa).

médico, consulta

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Lusa
15/06/2025 16:54 ‧ há 7 horas por Lusa

País

Saúde

A Faculdade de Medicina da ULisboa está a colaborar com a UM para criar um currículo com uma estrutura "próxima daquela que é a estrutura" dos cursos na instituição portuguesa, disse o diretor.

 

Luís Graça explicou que os cursos vão funcionar em co-tutela, permitindo aos médicos formados na UM obterem "uma equivalência e um reconhecimento" pela Faculdade de Medicina da ULisboa.

Entre as vantagens estará "permitir assim que os médicos formados aí no território [Macau] possam também exercer medicina em Portugal", sublinhou o investigador.

Em dezembro, o vice-reitor da UM, Rui Martins, disse que a ULisboa vai ajudar a criar a primeira faculdade de medicina pública de Macau, no novo campus da instituição, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha).

A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, uma instituição privada, tem desde 2008 uma Faculdade de Ciências da Saúde, oficialmente rebatizada como Faculdade de Medicina em 2019.

Numa entrevista ao canal em língua portuguesa da televisão pública local TDM, Martins disse que Medicina será uma das quatro novas faculdades a nascer no novo campus da UM em Hengqin.

"Teremos uma Faculdade de Ciências da Informação, uma Faculdade de Engenharia, com novos tipos de engenharia, e também uma Faculdade de Design e que deverá incluir arquitetura", referiu o académico português.

"A ideia nesse campus é termos 'dual degrees' [cursos em co-tutela] com universidades estrangeiras. A medicina já está com Lisboa e agora estamos a definir para as outras faculdades", acrescentou Martins.

O novo campus em Hengqin, cuja primeira pedra foi lançada em 09 de dezembro, deverá ser inaugurado em 2028 e permitir à UM passar dos atuais 15 mil para um máximo de 25 mil alunos, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Globais.

Luís Graça, especialista em imunologia de transplantes, demonstrou também entusiasmo com potenciais colaborações entre as duas universidades na área da investigação científica.

"Se nós pensarmos em termos de ciência, o reforço do potencial científico de ambas as instituições com uma colaboração próxima entre si é algo que claramente vai beneficiar ambos os lados dessa parceria", disse o dirigente.

Graça disse que a Faculdade de Medicina da ULisboa está a organizar o primeiro simpósio para reunir os investigadores da instituição e da UM, com vista a promover projetos conjuntos de investigação.

A faculdade tem tido "colaborações pontuais de investigadores com investigadores de outras universidades chinesas", uma vez que "é importante uma proximidade com locais onde se faz ciência de excelência e ensino de excelência", disse o diretor.

Mas Graça disse que a colaboração com a UM é "mais institucional (...) e pode permitir um reforço ainda maior dessas parcerias".

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