Recorda-se de Rodrigo? Nove anos após o homicídio, padrasto será julgado

Jovem foi morto com violência, alegadamente, pelo padrasto, na casa onde vivia com a mãe e a irmã bebé, em Portimão, no Algarve. Vítima e suspeito tinham uma relação conturbada, que a progenitora começou por esconder das autoridades.

Joaquim Lara Pinto, Brasil, Rodrigo Lapa

© Reprodução/Olhar Direto

Natacha Nunes Costa
24/06/2025 12:09 ‧ há 10 horas por Natacha Nunes Costa

País

Homicídio

Rodrigo Lapa tinha apenas 15 anos quando foi violentamente assassinado, em Portimão, no Algarve, em 2016, alegadamente às mãos do padrasto, Joaquim Lara Pinto, que fugiu na altura para o Brasil e só agora, quase uma década depois do crime, foi detido.

 

O homem, que é o único suspeito da morte do jovem, vivia desde então com o pai em Cuiabá, no estado brasileiro de Mato Grosso.

Durante todo este tempo, a Defesa evocou problemas de saúde mental e, inclusive, entregou um atestado do arguido a alegar inimputabilidade.

Joaquim Lara Pinto vai ser agora julgado no Brasil, por homicídio qualificado e profanação de cadáver. Se for considerado culpado poderá ser condenado a 40 anos de prisão.

Para já, começaram a ser ouvidas testemunhas em Portugal a pedido das autoridades brasileiras.

Mãe escondeu "relação conturbada" do filho com o companheiro

O caso remonta a 22 de fevereiro de 2016, dia em que Rodrigo foi dado como desaparecido pela mãe, Célia Barreto, que, inicialmente, como recordou a TVI, omitiu a relação conturbada entre o companheiro, de nacionalidade brasileira, e o filho.

Apesar disso, segundo a investigação do Ministério Público (MP) português, citada pela RTP, concluiu ainda que a mãe do jovem, ouvida durante a investigação pelos inspetores da Polícia Judiciária (PJ), sempre na qualidade de testemunha, nada teve a ver com o desaparecimento e a morte do filho.

Rodrigo foi encontrado morto nove dias depois, a 2 de março, do outro lado da estrada, num terreno baldio localizado em frente à casa onde morava com a mãe, o padrasto e uma irmã bebé, entre o sítio das Vendas e o Malheiro, junto a uma das principais entradas da cidade.

O corpo do jovem tinha sinais de estrangulamento de ter sido alvo de muita violência, o que chocou o país.

Nessa altura já Joaquim Lara Pinto estava no Brasil. O homem terá fugido imediatamente após o homicídio para o país de onde é natural.

As autoridades acreditam que o crime foi cometido por "motivos fúteis", nomeadamente uma discussão por causa de dinheiro.

Joaquim confessou crime?

O Correio da Manhã avança esta terça-feira, 24 de junho, que Joaquim Lara Pinto terá confessado a uma amiga que agrediu violentamente Rodrigo Lapa, na sequência de uma discussão e que o enteado acabou por morrer.

A testemunha-chave foi inquirida na segunda-feira, por videoconferência, no Tribunal de Portimão, onde terá relatado o que o padrasto do jovem lhe disse antes de fugir para o Brasil.

Foram ouvidas, segundo o matutino, ainda mais cinco testemunhas, entre elas a mãe de Rodrigo, Célia Barreto, e amigos do jovem.

"Eles tinham muitas discussões e na altura o Rodrigo descobriu que o padrasto, a mãe e a irmã iam viajar para o Brasil sem ele", confessou o então melhor amigo do jovem assassinado, à saída do Tribunal de Portimão, onde foi ouvido por videoconferência.

Rodrigo Lapa frequentava um curso de Cozinha na cidade de Lagoa, no Algarve, quando desapareceu. O jovem faltou às aulas três dias antes de a mãe ter comunicado às autoridades o seu desaparecimento, a 22 de fevereiro.

Leia Também: Prisão perpétua para cúmplice do homicídio de casal de polícias em 2016

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