"Quando investimos em Defesa, investimos na dignidade das pessoas"

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu que investir na área da Defesa é também "investir na dignidade das pessoas", na "paz" e na capacidade de dissuasão daquelas que "colocam em ameaça a vida humana".

Luís Montenegro, Portugal, primeiro-ministro,

© MAGALI COHEN/Hans Lucas/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
30/06/2025 18:19 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Primeiro-ministro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, justificou, esta segunda-feira, o aumento do investimento na Defesa, defendendo que, quando se investe nesta área, está também a investir-se "na dignidade das pessoas".

 

"Mesmo quando investimos em Defesa, estamos a investir na dignidade das pessoas", disse em declarações aos jornalistas à margem da IV Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento das Nações Unidas, em Sevilha, Espanha.

"Nós estamos a investir na Defesa para termos mais paz. Estamos a investir na Defesa para podermos dissuadir aqueles que no mundo colocam em ameaça, em crise, a vida humana. Nós estamos a investigar na Defesa para garantir que as democracias sobrevivem e se desenvolvem", acrescentou.

O primeiro-ministro sublinhou que o investimento na Defesa tem também como objetivo que os "cidadãos possam ter dignidade e acesso aos seus direitos, liberdades e garantias". "Em primeiro lugar os nossos, aqueles que vivem no nosso território, que vivem na nossa comunidade europeia, que vivem nos países que compõem a nossa aliança, mas também todos os outros", asseverou.

Na quinta-feira, no final de uma cimeira da NATO, o primeiro-ministro comprometeu-se a atingir os 2% do PIB em Defesa até ao final deste ano - o que, segundo as contas do Governo, obrigará a um reforço de investimento de cerca de mil milhões de euros.

Além desta meta, a cimeira da NATO acordou que os aliados devem investir 5% do PIB em despesas relacionadas com Defesa, dos quais 3,5% em gastos militares tradicionais (Forças Armadas, equipamento e treino) e 1,5% adicionais em investimentos como infraestruturas e indústria até 2035, com uma revisão intercalar em 2029.

Sublinhe-se que a conferência da ONU, que decorre em Sevilha até quinta-feira, pretende relançar a mobilização e aplicação de recursos destinados ao desenvolvimento, assim como a cooperação internacional no combate à pobreza, tendo os representantes de mais de 190 países das Nações Unidas subscrito esta segunda-feira, no arranque do encontro, o documento 'Compromisso de Sevilha', com uma série de compromissos e iniciativas para a próxima década.

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O documento, de 68 páginas, foi hoje formalmente adotado no arranque da 4.ª Conferência Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento (FFD4) da ONU, que decorre em Sevilha, Espanha, até quinta-feira.

Lusa | 11:20 - 30/06/2025

Aos jornalistas, Montenegro defendeu que é "necessário investir no Estado Social", "estimular a criação de riqueza", "aliviar a carga fiscal" e "incentivar as pessoas a trabalhar e a fixar-se" em Portugal, mas, "na parte da cooperação, não se esquece das responsabilidades".

"O ano passado, por exemplo, nós aumentámos em cerca de 20% o valor que tínhamos para a área da cooperação e desenvolvimentos. Podemos também, sempre que a situação financeira do país o possibilitar, dar esse contributo. Temos dado muitos contribuídos, alguns dos quais até somos os primeiros", destacou.

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, destacou hoje o compromisso de Portugal com o relançamento do financiamento internacional para o desenvolvimento, embora reconhecendo que é difícil mobilizar mais verbas públicas num momento em que é preciso investir "em várias frentes".

Lusa | 18:57 - 30/06/2025

Mais de 60 líderes mundiais estão na conferência de Sevilha sobre o financiamento para o desenvolvimento, que ocorre dez anos depois da anterior, na Etiópia, em 2015.

Entre os líderes confirmados em Sevilha estão a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, que será o anfitrião, ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Passarão ainda por Sevilha, durante os quatro dias da conferência, os líderes das principais organizações financeiras internacionais, como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional, responsáveis de agências e programas de apoio ao desenvolvimento, organismos e protagonistas do setor privado e Organizações Não-Governamentais (ONG).

Leia Também: Moçambique propõe à ONU Parceria Global para Financiamento Climático

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