Numa publicação hoje feita na sua página na rede social Facebook, a presidente da Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, explica que visitou as obras em curso na zona, a convite do grupo AFA, proprietário dos edifícios e responsável pela obra.
Terminadas as demolições, explica a autarca, estão agora a ser garantidas condições "para devolver a vida, segurança e dinamismo" a uma das zonas que afirma ser das mais queridas e procuradas da cidade de Almada.
Inês de Medeiros acrescenta que a reabertura do Cais do Ginjal ao público está prevista para o dia 31.
Ao longo do percurso, adianta, poderá ser vista uma exposição sobre a história deste espaço icónico da história de Almada.
"Este será um novo capítulo para Almada, onde passado e futuro se encontram, e os almadenses e quem nos visita voltarão a usufruir deste rio maravilhoso que é o nosso Tejo", adianta a autarca.
As demolições no Ginjal pelo Grupo AFA, proprietário dos edifícios identificados como estando em risco, iniciou-se em 05 de maio.
Segundo o grupo, as demolições decorreram de uma avaliação técnica determinada por vistorias realizadas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.
Em 03 de abril, a Câmara de Almada decretou "situação de alerta", nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil, tendo em vista a interdição de circulação de pessoas no Cais do Ginjal, desde as proximidades do terminal fluvial de Cacilhas até aos estabelecimentos de restauração existentes no Olho-de-boi.
A "situação de alerta" vigorou até ao dia 01 de maio e não foi renovada.
A Câmara de Almada notificou os proprietários do edificado e a Administração do Porto de Lisboa (APL) para a realização de obras e apresentou uma proposta concreta ao Governo para encontrar uma solução que possibilite a reabilitação do espaço.
Em novembro de 2020, a Câmara de Almada aprovou, por unanimidade, o Plano de Pormenor do Cais do Ginjal, para a intervenção e reabilitação profunda daquela área, num projeto conjunto com o Grupo AFA.
Para a zona, o grupo estima um investimento de 300 milhões de euros para uma área com cerca de 90 mil metros quadrados, prevendo a construção de um complexo de habitação com cerca de 300 fogos, várias frações de comércio e serviços, um hotel com 160 quartos, equipamentos sociais e ainda 500 lugares de estacionamento.
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