Registados 4 mil casos de burlas em casas de férias. Saiba como evitar

A Guarda Nacional Republicana destaca os distritos de Faro, Porto e Braga como os mais afetados por este tipo de burla nos últimos três anos.

Novas fotos GNR que DEVEM USAR

© GNR

Carolina Pereira Soares com Lusa
25/07/2025 08:24 ‧ ontem por Carolina Pereira Soares com Lusa

País

Burlas

O número de burlas no arrendamento de casas de férias tem vindo a diminuir ao longo dos últimos três anos.

 

Os dados divulgados pela Guarda Nacional Republicana (GNR) em comunicado esta sexta-feira mostram que em 2023 foram registados 214 casos de burla no arrendamento de casas de férias. No ano seguinte houve uma redução de 16,8% deste crime - registaram-se 178 casos.

Para este ano os dados são ainda provisórios (e só têm os números até ao dia 30 de junho) - mas já parecem promissores. Em seis meses, foram registados apenas 44 casos de burla no arrendamento de casas de férias por todo o país, nas áreas de responsabilidade da GNR.

Ao todo, de 2023  a 30 de junho deste ano, a GNR registou 436 crimes de burla no arrendamento de casas de férias.

Os dados da PSP

O oposto acontece quando analisados os dados da PSP, onde as denúncias têm vindo a aumentar.

O Jornal de Notícias divulga na edição de hoje dados da PSP sobre falso arrendamento de casas de férias relativas ao primeiro semestre deste ano, referindo que a polícia recebeu 748 denúncias, mais 17% do que em igual período de 2024.

Entre 2023 e 30 de junho deste ano, a PSP registou 3.801 casos de falso arrendamento para férias. 

Onde há maior incidência destes crimes

A Guarda Nacional Republicana destaca os distritos de Faro, Porto e Braga como os mais afetados por este tipo de burla nos últimos três anos.

A lista, por ordem de incidência, é a seguinte:

  • Faro - 95
  • Porto - 79
  • Braga - 70
  • Aveiro - 37
  • Setúbal  - 36
  • Santarém - 21
  • Viseu - 18
  • Lisboa - 18
  • Leiria - 14
  • Coimbra - 9
  • Beja - 8
  • Évora - 6
  • Viana do Castelo - 6
  • Castelo Branco - 5
  • Guarda - 4
  • Vila Real - 4
  • Bragança - 2
  • Portalegre - 2

Em 2023, a GNR diz ter detido 60 pessoas suspeitas de burla em arrendamento de casas de férias. No ano seguinte, este número diminuiu para menos de metade, com 29 detidos. Este ano, até ao fim de junho, foram detidas 12 pessoas.

Quanto a suspeitos, a GNR identificou 140 em 2023, 138 em 2024 e este anos foram identificados apenas 33 durante o primeiro semestre.  

Notícias ao Minuto Número de burlas de arrendamento de casas de férias© GNR  

Como acontece este crime

A GNR não identificou nenhuma regra ou padrão para como este crime é levado a cabo e diz que “são múltiplas as formas utilizadas para a concretização do mesmo objetivo”.

O mais comum é o suspeito ter publicado anúncios de arrendamento de casas a preços mais baixos do que o normal, em sites com grande visibilidade. Muitas vezes, os anúncios falsos vêm acompanhados com fotografias de imóveis reais.

Quando contatado por um cliente interessado, o suspeito pede à vítima o chamado “sinal” - ou seja, que seja enviado uma determinada quantia de dinheiro para “assegurar” a casa. E aqui se dá a burla.

Nos registos da GNR, as vítimas, por norma, só dão conta do sucedido meses depois quando o alegado “dono” da casa deixa de responder, quando tentam ir buscar a chave da habitação ou mesmo quando verificam a morada e percebem que, afinal, não existe.

Conselhos da GNR

A Guarda Nacional Republicana pede aos cidadãos que estejam mais atentos e que logo à partida desconfiem de preços de arrendamento muito abaixo do mercado, especialmente tendo em conta as restantes casas na zona. 

Uma outra forma de impedir a burla é pedir para visitar o imóvel presencialmente. Desta forma, consegue não só ver a forma como o proprietário responde (caso “apresente reservas”, “desconfie”, diz a GNR) como também consegue confirmar se as imagens no site correspondem à realidade.

Caso não se consiga deslocar ao imóvel em causa pode sempre pesquisar em diversas plataformas a casa para perceber se o anunciante é o mesmo, se a casa está localizada no mesmo local e até mesmo se os preços de arrendamento são diferentes. Pode ainda pedir mais fotos ao proprietário do interior da casa, para tentar perceber se se trata ou não de uma burla.

Por fim, a GNR diz também para desconfiar se o dono pedir um “sinal” sobre o pretexto de haver muitos interessados. 

No multibanco, ao transferir o dinheiro, confirme sempre se o titular da conta corresponde ao nome do anunciante e caso receba uma mensagem a dizer que o pagamento não foi recebido, ligue sempre ao seu banco para confirmar.

Leia Também: Pizarro quer GNR a cavalo na Pasteleira e esquadra da PSP na baixa do Porto

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