Os bombeiros continuam a combater, esta segunda-feira, 11 de agosto, vários incêndios em Portugal, tal como acontece há vários dias.
Num ponto de situação feito ao Notícias ao Minuto, pelas 9h de hoje, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) revelou que são três os fogos "mais preocupantes" neste momento.
O ponto mais crítico fica localizado em Trancoso, distrito da Guarda, onde, na manhã de hoje, estão a combater o fogo 625 bombeiros, auxiliados por 213 veículos terrestres e dois meios aéreos. Neste caso, o incêndio, que lavra há três dias, tem duas frentes ativas.
Já na Covilhã há uma frente ativa que está a ser combatida por 426 bombeiros, auxiliados por 132 meios terrestres e um meio aéreo ao qual em breve se juntarão mais, segundo a ANEPC.
No Tabuaço os operacionais lidam também com uma frente ativa. No local estão 86 bombeiros, 21 veículos terrestres e cinco meios aéreos.
Ao Notícias ao Minuto a ANEPC confirmou que "não há, neste momento, conhecimento de nenhum povoado ameaçado pelas chamas".
Sobre o dia de ontem, as autoridades revelaram que tiveram 107 ocorrências relacionadas com fogos.
Seis feridos ligeiros em Trancoso
Entretanto, a agência Lusa avançou com a informação que o fogo que lavra em Trancoso, desde sábado, fez seis feridos ligeiros.
Fonte do Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela revelou à Lusa que dos seis feridos ligeiros, três são bombeiros.
Além dos feridos, 11 outras pessoas foram assistidas no local, por inalação de fumo.
Fogos mobilizam cerca de 2 mil bombeiros
Além destes incêndios decorrem mais alguns, de menores dimensões, sendo que, ao todo, são cerca de 2 mil os operacionais no teatro das operações.
Um dos incêndios que mais preocupou as autoridades nos últimos dias foi o de Vila Real que está, neste momento em fase de resolução, depois de uma reativação.
"Há qualquer coisa no planeamento que não está a correr bem"
Entretanto, à CNN Portugal, o vice-presidente da AsproCivil (Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil), Jorge Silva, realçou que "há qualquer coisa no planeamento que não está a correr muito bem", uma vez que não há nenhum incêndio com mais de 700 bombeiros no teatro de operações, apesar de "a Liga dos Bombeiros dizer que consegue ter disponibilidade de quase 20 mil bombeiros" na época de incêndios.
Recorde-se que Portugal está em situação de alerta devido ao agravamento das previsões meteorológicas, que apontam para uma subida das temperaturas esta segunda-feira e um risco significativo de incêndio rural. Só a partir de dia 13 se prevê a descida das temperaturas.
Durante este período é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
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