A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou, este domingo, que o Governo decidiu "prorrogar por mais 48 horas" a situação de alerta devido aos incêndios. O prazo, sublinhe-se, terminava às 23h59 de hoje.
"Ainda persistem dificuldades, ainda persistem condições muito desfavoráveis", começou por explicar a ministra, em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.
"Por este motivo, o Governo decidiu prorrogar por mais 48 horas a vigência da situação de alerta, com tudo o que dela decorre", anunciou.
Durante este período, explicou a ministra, mantém-se a "exigência de prontidão de todo o dispositivo de combate aos incêndios" e a "continuação de todas as proibições", incluindo a "realização de queimadas e queimas" e o "recurso a fogos de artifício e outros artefactos pirotécnicos".
Segundo Maria Lúcia Amaral, a decisão de prolongar a situação de alerta "foi tomada em proposta apresentada pelos peritos técnicos".
"Assim, a situação de alerta é renovada a partir das 00h00 do dia de amanhã, 18 de agosto, e vigorará até à meia-noite da próxima terça-feira, dia 19", sublinhou.
A ministra fez ainda questão de, em seu "nome pessoal e de toda a equipa governativa", agradecer "profundamente a todos os que têm, sem descanso, combatido o fogo" e anunciou que os aviões Canadair enviados por Marrocos irão manter-se em Portugal até quarta-feira.
"O nosso muito obrigado também a Marrocos, país vizinho e amigo, que acaba de nos permitir manter até quarta-feira os dois aviões Canadair que nos tinham emprestado", disse.
Portugal, sublinhe-se, está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 2 de agosto.
O país tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta, agora em vigor até terça-feira.
Os fogos provocaram um morto e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Mais de 130 bombeiros já ficaram feridos desde o início dos incêndios
O último balanço feito pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses dava conta que, desde o final de junho até ao dia 13 de agosto, 112 bombeiros ficaram feridos devido ao combate às chamas. Nos últimos dias, o número tem vindo a aumentar.
Notícias ao Minuto com Lusa | 09:00 - 17/08/2025Na sexta-feira, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.
Segundo dados oficiais provisórios, até sábado arderam 139 mil hectares no país, 17 vezes mais do que no mesmo período de 2024. Quase metade desta área foi consumida em apenas dois dias desta semana.
[Notícia atualizada às 19h27]
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