Fogo no Fundão com origem em Arganil entrou em Castelo Branco

O incêndio florestal ativo no concelho do Fundão, com origem em Arganil (Coimbra), entrou ao início da noite de hoje no município de Castelo Branco, na freguesia de São Vicente da Beira, disse o presidente da Câmara Municipal.

fogo portugal

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
18/08/2025 22:15 ‧ há 1 hora por Lusa

País

Incêndios

Em declarações à agência Lusa pelas 21:15, Leopoldo Rodrigues disse que as chamas passaram para Castelo Branco na freguesia de São Vicente da Beira, junto à localidade de Paradanta.

 

"Não me lembro de um incêndio com esta violência, o teto de fumo e a velocidade das chamas é impressionante", afirmou o autarca.

Acrescentou que o trabalho dos operacionais no terreno está a decorrer na defesa das povoações e na prevenção de novos focos no concelho.  

Na tarde de hoje, o Serviço de Proteção Civil Municipal de Castelo Branco tinha lançado um alerta, pedindo à população das freguesias de São Vicente da Beira e de Almaceda para se manterem em confinamento e adotarem comportamentos de autoproteção, face à aproximação do incêndio que lavra no Fundão.

O alerta visava, nomeadamente, as populações das localidades de Paradanta -- onde o incêndio já chegou - Vale de Figueira, Partida, Ribeira de Eiras, Rochas de Cima, Pereiros e São Vicente da Beira.

Mais a sul, em Oleiros, também no distrito de Castelo Branco, os serviços municipais estão também em alerta e a adotar medidas preventivas, com máquinas de rasto e bombeiros no terreno, face à aproximação do incêndio.

Oleiros situa-se no oeste do distrito de Castelo Branco e tem o rio Zêzere como fronteira natural para a Pampilhosa da Serra (Coimbra), tendo ainda os concelhos do Fundão e Castelo Branco -- onde as chamas oriundas de Arganil já chegaram - como vizinhos.

Ouvido pela Lusa, Miguel Marques, presidente da Câmara Municipal de Oleiros, disse que a preocupação maior incide sobre a freguesia de Orvalho (na fronteira com Castelo Branco e Fundão) e de Cambas, sobranceira ao rio Zêzere e à Pampilhosa da Serra, onde o fogo atingiu, ao final da tarde, as freguesias de Janeiro de Baixo e Dornelas do Zêzere, ameaçando várias aldeias.

"Estamos a tomar todas as cautelas e medidas preventivas. As juntas de freguesia de Cambas e do Orvalho já alertaram a população para ter alguma contenção na circulação e na salvaguarda de alguns bens e animais que possam vir a estar nessa eventual linha de fogo", indicou o autarca.

O vento forte ditará a eventualidade, ou não, de o incêndio entrar no concelho de Oleiros. Estamos posicionados, temos também veículos de combate a incêndios na zona do Orvalho", afirmou Miguel Marques.

Do lado da Pampilhosa da Serra, onde as chamas lavraram ao longo do dia com bastante violência, impelidas por vento forte, a Câmara Municipal, numa publicação na rede social Facebook, pelas 19:45, informava que o incêndio no concelho "se agravou nas últimas horas, encontrando-se (...) num quadro muito pouco favorável".

"Os ventos fortes, com mudanças repentinas de direção, têm dificultado de forma significativa as operações de combate, tornando a situação altamente imprevisível", enfatizou.

O incêndio que deflagrou na freguesia do Piódão, em Arganil, pelas 05:00 da passada quarta-feira, estendeu-se depois a Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra (também no distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã, Fundão e Castelo Branco.

Pelas 21:50, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, estavam no terreno, no incêndio com origem em Arganil, quase 1.300 operacionais, apoiados por 445 viaturas.

Leia Também: Portugal com 59 fogos até às 17h00 (10 surgiram durante a noite)

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