Candidatos perfilam-se para suceder a Basílio Horta em Sintra. Quem são?

Cinco candidatos já avançaram para a Câmara de Sintra nas próximas autárquicas, esperando-se mais uma candidatura nos próximos dias, para suceder a Basílio Horta (PS), que não se pode recandidatar por limite de mandatos.

Sintra

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Lusa
12/07/2025 22:45 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Autárquicas

A antiga ministra Ana Mendes Godinho, 53 anos, candidata-se à presidência da Câmara de Sintra, numa coligação PS/Livre, com o antigo autarca socialista João Soares para a assembleia municipal.

 

Na apresentação da candidatura, na presença do secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, e do porta-voz do Livre, Rui Tavares, a candidata agradeceu a Basílio Horta o desafio para prosseguir com "o trabalho conseguido ao longo de 12 anos" de gestão do PS.

"O concelho de Sintra está carregado de história, mas sobretudo carregado de histórias de vida. E os desafios que Sintra hoje enfrenta não se compadecem com soluções e proclamações populistas que cabem num espaço de 30 segundos no 'tik tok'", afirmou a antiga ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

As prioridades passam pela habitação, com "10 mil casas no mercado a preços e rendas acessíveis" até 2030, uma "rede com mais seis mil novas vagas gratuitas em creches, espaços de amas comunitárias", aumento de "vagas no pré-escolar" e o fim de portagens na A16 (CREL-Cascais) para residentes, trabalhadores e empresas do concelho, que poderá custar 18 milhões de euros.

O antigo vereador social-democrata Marco Almeida, 55 anos, candidata-se pela terceira vez à câmara, com o apoio do PSD e da Iniciativa Liberal, acompanhado de Fernando Seara para a assembleia municipal, de quem foi vice-presidente durante três mandatos.

Em 2013, encabeçou a lista do movimento independente "Sintrenses com Marco Almeida", numa candidatura contra o PSD, sendo eleito vereador e cessando a filiação social-democrata, mas, em 2017, voltou a ser cabeça de lista como independente na coligação "Juntos pelos Sintrenses", de PSD, CDS-PP, PPM e MPT, perdendo para Basílio Horta.

Enquanto se aguarda pela apresentação oficial, Marco Almeida não terá o apoio do CDS-PP, na sequência da coligação do PSD com a IL, tendo o vereador Maurício Rodrigues, 54 anos, anunciado a sua candidatura à câmara pelos "centristas".

O também jurista explicou, em comunicado, que o município merece "libertar-se de um projeto pessoal que se arrasta há mais de 16 anos - ora sozinho, ora com partidos, ora com coligações de matriz indefinida - e que continua a repetir as mesmas mensagens, como se o concelho tivesse ficado parado no tempo".

O vereador Pedro Ventura, 48 anos, recandidata-se pela CDU à câmara, ambicionando "reforçar" a votação na coligação PCP/PEV pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido e apostando na requalificação urbana, habitação e limpeza.

Na apresentação da candidatura, em Rio de Mouro, com a presença do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, o candidato lamentou que "todas as forças políticas, à exceção da CDU, aceitaram sempre com uma grande passividade" as "competências da administração central em várias áreas, no caso da educação, da ação social e mesmo da habitação".

Pedro Ventura exemplificou com o "investimento dos 68 milhões de euros no Hospital de Proximidade de Sintra, que ainda não entrou em funcionamento, o que é uma autêntica vergonha", apesar de entregue há um ano pelo município ao Governo, numa responsabilidade que "devia caber claramente à administração central".

A deputada Rita Matias, de 26 anos, será a candidata do Chega a Sintra, num concelho em que o partido foi o mais votado nas legislativas antecipadas de 18 de maio, seguido de PSD/CDS-PP e PS.

A candidata, que coordena a juventude do partido de extrema-direita, sucede a Nuno Afonso, cabeça de lista nas anteriores autárquicas, em 2021, que se desfiliou em 2023 e passou a vereador independente.

Sob o lema "Sintra na linha", a candidatura defendeu na rede social Facebook, por tópicos, "habitação digna, com soluções reais para quem vive e trabalha no concelho" ou "segurança, com ruas mais protegidas e respostas eficazes para os cidadãos".

A concelhia do BE aprovou, na sexta-feira, a candidatura da médica e dirigente sindical Tânia Russo, 44 anos, à câmara municipal, e do enfermeiro e investigador André Beja, de 47, à assembleia municipal, proposta que deve ser ratificada nos próximos dias pelos órgãos distrital e nacional dos bloquistas.

O programa autárquico para 2025 "assentará no reforço de políticas solidárias que promovam inclusão e a liberdade como alternativa à política de ódio e neofascista", adiantou fonte da concelhia.

O executivo da Câmara de Sintra, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, é composto por cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).

O concelho de Sintra, com 319,23 quilómetros quadrados (INE), possui 400.947 habitantes (Pordata, 2024, com base em dados do INE).

As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.

Leia Também: Sete candidaturas anunciadas a Lisboa (enquanto se equacionam coligações)

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