"Se não houver mais casas no mercado" não vamos travar aumento dos preços

O primeiro-ministro defendeu hoje que "se não houver mais casas no mercado" não vai ser possível travar o aumento de preços da habitação, em resposta à coordenadora do BE que lhe pediu ironicamente que "pare de trabalhar".

Parlamento: Debate do Estado da Nação

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Lusa
17/07/2025 18:03 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Estado da Nação

"Se não houver mais casas no mercado, senhora deputada, nós não vamos conseguir travar o aumento dos preços. É esse o objetivo que temos de cumprir", considerou Luís Montenegro, durante o debate sobre o estado da nação, na Assembleia da República.

 

O chefe do executivo respondia à deputada única do BE, que momentos antes lhe tinha pedido de forma irónica que "parasse de trabalhar, para ver se conseguimos parar os preços da habitação e que nessa pausa pudesse ouvir a Comissão Europeia", que incluem o controlo de rendas, limites ao Alojamento Local ou "medidas para pôr as casas vazias no mercado".

Mortágua chegou mesmo a dar os parabéns ao primeiro-ministro por Portugal ter tido "o maior aumento do preço das casas da Europa e o maior aumento do preço das casas desde que há uma série estatística do INE", afirmando que "não há dúvida que o Luís trabalhou", numa referência ao 'slogan' de campanha da coligação PSD/CDS-PP.

"O grande problema da habitação é que nos tempos em que teve essa oportunidade, a Mariana ou não trabalhou, ou trabalhou mal", atirou Luís Montenegro na resposta, aludindo aos tempos da 'geringonça'.

Luís Montenegro salientou que o aumento de oferta de habitação pública no mercado "foi um falhanço completo" e lembrou a "promessa" do antigo primeiro-ministro socialista António Costa de acabar com a carência habitacional no país até aos 50 anos do 25 de Abril de 1974, ou seja, 2024.

O primeiro-ministro reconheceu que a promessa não foi feita pela líder bloquista mas apontou que foi "pelos seus companheiros de jornada".

Considerando que é necessária "coragem", Montenegro defendeu "processos de licenciamento mais ágeis", "incentivos aos promotores" e ter "na Administração maior capacidade de discussão".

"Foi por isso que nós mais que duplicámos o objetivo que tinha o Governo que nos antecedeu: passámos de 26 mil casas para 59 mil novas habitações dentro do objetivo da construção pública e estamos a promover uma série de alterações legislativas, algumas das quais já passaram no parlamento, para que o mercado possa funcionar criando condições para haver mais construção", sustentou.

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