Decisão do TC demonstra "que vale a pena defender a Constituição"

O Presidente da República vetou o decreto do Parlamento que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, depois de o Tribunal Constitucional ter anunciado a inconstitucionalidade de cinco normas. António Filipe reagiu.

António Filipe, PCP

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Carmen Guilherme com Lusa
09/08/2025 08:26 ‧ há 3 dias por Carmen Guilherme com Lusa

Política

António Filipe

O candidato presidencial António Filipe considerou, na sexta-feira, que a inconstitucionalidade de cinco normas do decreto do Parlamento sobre a entrada, permanência e saída de estrangeiros de Portugal, anunciada pelo Tribunal Constitucional (TC), é uma "demonstração cabal de que vale a pena defender a Constituição". 

 

Esta posição foi partilhada numa publicação feita na rede social X (antigo Twitter). 

"A decisão hoje [sexta-feira] tomada pelo Tribunal Constitucional de declarar a inconstitucionalidade das alterações à 'lei de estrangeiros' aprovadas pela maioria PSD/CDS/CH é uma demonstração cabal de que vale a pena defender a Constituição", escreveu o candidato presidencial apoiado pelo PCP.

Recorde-se que o Presidente da República vetou, na sexta-feira, o decreto do Parlamento que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, depois de o TC ter anunciado a inconstitucionalidade de cinco normas.

"Na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional de hoje, que considerou inconstitucionais cinco disposições do diploma que submetera a fiscalização preventiva da constitucionalidade, o Presidente da República vai devolver à Assembleia da República, sem promulgação, nos termos do n.º 1 do artigo 279.º da Constituição, o Decreto da Assembleia da República que altera a Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional", informou uma nota publicada na página da Presidência da República.

Marcelo veta Lei de Estrangeiros e devolve diploma ao Parlamento

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Marcelo Rebelo de Sousa vetou, esta sexta-feira, a Lei de Estrangeiros, devolvendo assim o diploma à Assembleia da República depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter anunciado a inconstitucionalidade de cinco normas.

Maria Gouveia | 18:37 - 08/08/2025

Esta decisão de Marcelo Rebelo de Sousa foi conhecida minutos depois de os juízes do Palácio Ratton terem anunciado o chumbo das cinco normas do decreto. 

TC trava Lei de Estrangeiros. Cinco normas declaradas inconstitucionais

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O Presidente da República submeteu ao Tribunal Constitucional o decreto que altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, no passado dia 24 de julho. Marcelo Rebelo de Sousa tinha dúvidas quanto à sua constitucionalidade.

Carolina Pereira Soares com Lusa | 18:20 - 08/08/2025

A decisão do TC surge na sequência de um pedido do Presidente da República de fiscalização preventiva da constitucionalidade de sete normas deste decreto em 24 de julho.

O decreto foi aprovado em 16 de julho na Assembleia da República, com os votos favoráveis de PSD, Chega e CDS-PP, abstenção da IL e votos contra de PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP.

O diploma foi criticado por quase todos os partidos, com exceção de PSD, Chega e CDS-PP, com vários a considerarem-no inconstitucional e a criticarem a forma como o processo legislativo decorreu, sem ouvir associações de imigrantes ou constitucionalistas e com a ausência de pareces obrigatórios.

No requerimento enviado por Marcelo Rebelo de Sousa ao TC, o Presidente da República pediu a fiscalização preventiva da constitucionalidade das normas sobre direito ao reagrupamento familiar e condições para o seu exercício, sobre o prazo para apreciação de pedidos pela Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e o direito de recurso.

Leia Também: Decisão do TC é derrota de um Governo que "devia ouvir mais Marcelo e PS"

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