Uma das várias medidas fiscais introduzidas por Donald Trump desde que voltou à presidência dos Estados Unidos da América foram as tarifas sobre automóveis importados. Agora, a Índia quer retaliar e já notificou a Organização Mundial do Comércio.
Nova Deli escreveu para a entidade na semana passada, a 3 de julho, salientando segundo a agência Reuters: "A Índia reserva-se no direito de suspender concessões ou outras obrigações que sejam substancialmente equivalentes aos efeitos adversos da medida para o comércio da Índia".
Em causa, estão as tarifas adicionais de 25 por cento que os Estados Unidos da América impuseram sobre automóveis e alguns componentes - que os indianos consideram afetar negativamente as exportações em mais de 2,89 mil milhões de dólares.
Da parte da Índia, a estimativa é de que as tarifas cobradas pelos Estados Unidos da América ascendam a 725 milhões de dólares. Assim, pretende impor o equivalente em taxação sobre produtos oriundos do país americano.
Na quarta-feira, expira o prazo dado pelo presidente americano, Donald Trump, para alcançar um acordo comercial com a Índia. Caso não se chegue a um entendimento, todos os produtos indianos podem ser taxados a 26 por cento quando importados para os EUA.
As políticas do controverso chefe de Estado americano já levaram a uma guerra comercial com a China. A restrição de exportações de minerais raros, vitais em várias indústrias, foi uma das medidas chinesas. A situação está, agora, a aliviar, depois de um entendimento alcançado em junho. Não obstante, chegaram a existir receios de uma paragem total na produção.
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