Instantes após a nova derrota de Portugal aos pés da Bélgica (1-2), esta sexta-feira, Francisco Neto lamentou a eliminação da seleção nacional feminina do Campeonato da Europa, sem qualquer vitória na fase de grupos, assumindo total responsabilidade pelo desfecho inglório na prova.
"Foi um Euro em crescendo, não começámos bem, mas fomos crescendo no equilíbrio defensivo e este jogo foi aquele em que conseguimos dominar mais, assumir mais o jogo e criar mais. No entanto, os erros individuais e coletivos penalizaram-nos muito. Estes jogos têm de ser jogados em 90 minutos", começou por admitir.
"Não podemos sofrer tão cedo e o responsável sou eu. A responsabilidade é clara e eu sou o responsável máximo. Assumir a culpa eu sempre assumi. Nunca iria fugir à responsabilidade e não é uma questão de porta aberta ou fechada. Sempre disso isto e, sempre que acaba uma fase final, quando as coisas correm bem ou menos bem, fazemos uma reflexão profunda sobre as ilações", vincou de seguida.
"Desta vez não será exceção e é a forma com que temos vindo a trabalhar. Olhamos para as coisas sempre com ciclos de dois anos. Acabou agora um ciclo e vai começar um ciclo daqui a pouco tempo. Teremos tempo para fazer esse tipo de reflexão e quero ser sempre parte da solução.[As jogadoras] Foram ambiciosas, tiveram a coragem e propuseram-se a algo mais. Houve momentos em que não fomos competentes, mas ninguém pode tocar na jogadora portuguesa", rematou o técnico português.
Recorde-se que Portugal arrancou a prova com uma goleada sofrida aos pés da vizinha Espanha (5-0), seguindo-se um empate alcançado diante de Itália (1-1), que alimentou as esperanças de um apuramento na derradeira jornada. A tarefa era complexa, uma vez que a seleção das quinas não dependia só de si (precisava de vencer e de esperar que as italianas perdessem, com uma anulação da diferença de seis golos pelo meio).
A verdade é que, face à derrota consumada ao cair do pano, frente às belgas, nem foi preciso recorrer à calculadora, dado que Portugal caiu para o último lugar, com apenas um ponto, bem longe do segundo posto, assegurado por Itália, com quatro pontos.
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