Leila Pereira, presidente do Palmeiras, não vai tolerar insultos por parte dos adeptos. Esta sexta-feira, na conferência de imprensa de apresentação de Khellven, novo reforço do Palmeiras, a líder do clube do estado de São Paulo saiu em defesa de Abel Ferreira, depois deste ter sido insultado após o último jogo do verdão.
A eliminação da Taça do Brasil gerou cânticos por parte das claques de adeptos do Palmeiras e Leila Pereira não deixou nada por dizer, numa demonstração de confiança no treinador português.
Conforme o Desporto ao Minuto já tinha avançado, o plano do Palmeiras continua a ser o reforço da relação comum entre o clube e o treinador português com uma renovação de contrato até 2027, algo que já estava alinhado entre todas as partes.
"O torcedor tem todo o direito de criticar, claro que sim. O que não posso admitir é as pessoas duvidarem da capacidade do nosso treinador, da nossa comissão. Isso para mim é inadmissível, ainda mais tratando de um profissional que já se mostrou extremamente vencedor, competente", começou por dizer a líder do clube do estado de São Paulo.
"Luto para que o nosso treinador fique connosco até dezembro de 2027, é o meu desejo e o que quero para o Palmeiras. Eu, como presidente, tenho esse direito. Algumas têm de criticar e eu, de decidir. Enquanto for presidente, quem decide sou eu. O Palmeiras tem interesse [em renovar com Abel], já conversei com ele, quero que fique conosco até dezembro de 27. Falta o Abel assinar, só", garantiu a presidente do Palmeiras.
"Queria pedir aos nossos milhões de torcedores que tenham um pouco de paciência... Mas para os que são realmente torcedores do Palmeiras, aqueles que sabem que a gente trabalha incansavelmente, que nem sempre as coisas acontecem como pretendemos e que nos momentos difíceis estão do nosso lado", concluiu.
De recordar que, imediatamente após o apito final do jogo frente ao Corinthians, em São Paulo, os adeptos do Palmeiras deixaram bem clara a insatisfação para com este resultado, entoando cânticos dirigidos, não só aos jogadores, como, particularmente, a Abel Ferreira, que respondeu com um aplauso quando ouviu as palavras: "Hey, Abel, vai tomar no c*".
Ainda assim, instantes depois, na habitual conferência de imprensa, o próprio treinador português fez questão de esclarece o gesto: "Registei, ouvi e, em momento algum, ironizei. Pedi sempre apoio, é o que espero, mesmo em momentos difíceis. Perdemos um jogo contra um rival que pouco ou nada ganhou desde que cheguei aqui".
"Agora, cabe a nós, família palmeirense, algo que eu não era, mas que aprendi a ser. Tenho sentimentos e emoções, e, realmente, pedi apoio aos nossos adeptos", sublinhou, em declarações reproduzidas pelo portal brasileiro Globoesporte.
O treinador português continua a ter o apoio de toda a estrutura do Palmeiras, inclusive do diretor do futebol do clube de São Paulo, que compreendeu as críticas dos adeptos, mas demonstrou confiança no "processo".
"Os adeptos têm esse direito, devem e podem-nos cobrar. É parte fundamental desse processo, mas que saibam que somos aqueles que mais cobramos. Na nossa roda final dissemos: precisamos de voltar a jogar bem, que nós sabemos qual o caminho. Só que às vezes não vem de forma imediata", confessou Anderson Barros.
O Palmeiras fica, desta forma, na luta por apenas dois troféus esta temporada, com a Taça Libertadores e o Brasileirão ainda por disputar até ao último fôlego.
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