O renovado centro de treinos de Carrington foi palco, na passada segunda-feira, de uma reunião que juntou jogadores, treinadores, funcionários e dirigentes do Manchester United, com o objetivo de dar o mote para o tão aguardado encontro da jornada inaugural da Premier League, perante o Arsenal, em Old Trafford, que está agendado para as 16h30 (hora de Portugal Continental) do próximo domingo.
Um encontro que, de acordo com uma reportagem publicada, já esta quinta-feira, pelo portal britânico The Athletic, começou com o diretor executivo do clube, o espanhol Omar Berrada, a ler um impactante discurso dando conta da importância de dar a volta aos maus resultados das últimas temporadas e do novo mote: "Símbolo, bravura e espírito".
Cada elemento presente teve direito a uma garrafa de metal com esta mesma inscrição, fazendo-se esta acompanhar de um código QR. Todos foram instruídos a abri-lo, com recurso aos respetivos 'smartphones', e, aí, foram confrontados com uma questão. O que será preciso fazer para respeitar estes três princípios?
De acordo com a publicação, Omar Berrada leu, instantes depois, várias respostas, em público. Na maioria, estas foram positivas, envolvendo expressões como "integridade", "colaboração" ou "trabalho árduo". No entanto, houve exceções, como "Parem de ser forretas" ou "Temos pouca confiança na liderança", ao que o próprio respondeu com uma única palavra: "Interessante".
Ruben Amorim 'meteu os pés pelas mãos'
De seguida, Omar Berrada passou a palavra a Ruben Amorim, que começou por reforçar a importância de o Manchester United ter apenas jogadores que querem jogar, efetivamente, no Manchester United, dando como exemplo máximo o compatriota Bruno Fernandes, que rejeitou uma proposta do Al Hilal para rumar à Arábia Saudita, que contemplava um ordenado próximo dos 80 milhões de euros por ano, em muito superior aos cerca de 13,5 milhões de euros anuais que aufere, atualmente, em Old Trafford.
De seguida, o treinador português disse acreditar que as obras de remodelação das instalações do clube podem revelar-se fundamentais, especialmente, para manter os jogadores felizes, recordando que, após o treino do passado domingo, passou por quatro jogadores que desfrutavam de um jogo de snooker... o que lhe valeu um reparo por parte do responsável da vertente comercial, Marc Armstrong, que afirmou, entre risos, que teria de lhe explicar a diferença entre snooker e bilhar.
Um momento caricato que se seguiu de outro igualmente insólito. O ex-timoneiro do Sporting, pode ler-se, confessou que, na passada temporada, não foram raros os dias em que 'tremeu' só de pensar que teria de trabalhar em Carrington, o que terá provocado algum "constrangimento" junto dos presentes, que viram, nos últimos meses, despedidos vários colegas que adoravam fazê-lo.
Ciente do ambiente que reinava no local, Ruben Amorim conseguiu, ainda assim, dar a volta ao problema, sublinhando que, agora, o entusiasma entrar nas renovadas instalações (que motivaram um investimento próximo dos 60 milhões de euros), uma vez que facilitam a construção de ligações com outros funcionários de todos os departamentos, algo que, antes, não era possível.
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