Órgãos sociais da antiga TAP SGPS renunciam a funções

Os órgãos sociais da sociedade Siavilo SGPS, o novo nome da TAP SGPS, renunciaram às funções, de acordo com vários documentos publicados no 'site' do Ministério da Justiça.

tap aviões

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Lusa
17/06/2025 18:57 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

TAP

A TAP SGPS, detida pelo Estado português, mudou de nome para Siavilo em janeiro, tendo os órgãos sociais apresentado a renúncia, segundo os registos divulgados em maio.

 

Assim, renunciaram aos cargos no Conselho de Administração Luís Rodrigues (presidente), Mário Cruz, Mário Chaves, Maria João Cardoso, Sofia Lufinha, Gonçalo Pires, Patrício Castro, Ana Teresa Lehmann, João Pedro Duarte e Maria de Fátima Geada.

Também as sociedades Baker Tilly e Pricewaterhousecoopers & Associados renunciaram aos cargos de presidente do Conselho Fiscal e como Revisor Oficial de Contas, respetivamente.

Estas alterações acontecem numa altura em que o Governo voltou a garantir que pretende avançar com a privatização da TAP.

A TAP SPGS deixou de deter participação na TAP SA, na sequência dos apoios concedidos devido ao impacto da pandemia.

A TAP adquiriu 100% das participações da 'holding' na Portugália, UCS - Cuidados Integrados de Saúde e na Cateringpor, tendo assim concluído as operações essenciais à reestruturação, permitindo a reprivatização da empresa.

"O grupo TAP, com o apoio do Governo, concluiu as operações societárias necessárias à persecução do Plano de Reestruturação acordado com a UE [União Europeia], preparando assim a TAP SA para o processo de reprivatização", avançou o Ministério das Infraestruturas e Habitação e das Finanças, em comunicado conjunto enviado em janeiro.

A Cateringpor era um dos negócios a alienar no âmbito do plano de reestruturação da TAP, acordo com a União Europeia, bem como a Groundforce, sendo que a Menzies Aviation concluiu, no ano passado, a compra de 50,1% da empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos).

Em dúvida fica ainda o que irá acontecer à dívida da brasileira Azul, de perto de 180 milhões de euros.

A Azul garantiu que o seu plano de reestruturação não compromete a expansão em Portugal e exigiu que a dívida da TAP - de 180 milhões de euros - seja considerada no processo de reprivatização da transportadora portuguesa.

Em entrevista à Lusa, o vice-presidente Institucional e Corporativo da Azul, Fábio Campos, sublinhou que a reestruturação está a decorrer "de forma sólida" e conta com o apoio dos principais credores e parceiros da empresa, o que permitirá acelerar o calendário para a conclusão do processo.

Quanto à dívida da TAP à Azul, o gestor esclareceu que não está incluída no processo de reestruturação em curso.

"Essa dívida tem vencimento no próximo ano e está a ser discutida judicialmente. Não há dúvida quanto à existência do empréstimo, mas sim quanto à constituição de garantias", explicou.

A Azul subscreveu 90 milhões de euros de um empréstimo obrigacionista à TAP em 2016, para ajudar a liquidez da companhia portuguesa, com juros acumulados que deverão elevar o valor a cerca de 180 milhões de euros no próximo ano, de acordo com os valores apontados pelo vice-presidente Institucional e Corporativo da Azul.

A Lusa contactou o Ministério das Finanças e espera resposta. 

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