Quem é o principal exportador de petróleo? O que vai acontecer ao preço?

O principal exportador de petróleo é a Arábia Saudita e os preços do petróleo deverão manter-se elevados nas próximas semanas, entre os 80 e os 100 dólares por barril.

Afinal, quem é o principal exportador de petróleo? Que preço vai atingir?

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Notícias ao Minuto com Lusa
24/06/2025 08:37 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Petróleo

O preço do petróleo tem estado a subir à boleia dos desenvolvimentos no Médio Oriente. Afinal, quem é o principal exportador do mundo? O que vai acontecer aos preços? Vamos por partes.

 

Antes de mais, importa esclarecer que o principal exportador de petróleo do mundo é a Arábia Saudita, mas o Irão também assume um papel importante neste tema, já que as suas reservas e capacidade de produção são fundamentais para o mercado energético global, segundo a exame

Apesar de não serem o principal exportador de petróleo do mundo, os EUA também se destacam, já que são o principal produtor desta matéria-prima. 

De acordo com o Observatory of Economic Complexity, em 2023, os principais exportadores de petróleo bruto foram a Arábia Saudita (181 mil milhões de dólares), os EUA (125 mil milhões) e a Rússia (122 mil milhões).

Já os maiores importadores foram a China (319 mil milhões de dólares), os EUA (170 mil milhões) e a Índia (140 mil milhões).

O que vai acontecer aos preços?

Os preços do petróleo deverão manter-se elevados nas próximas semanas, entre os 80 e os 100 dólares por barril, podendo disparar caso o conflito no Médio Oriente se agrave, antecipam analistas ouvidos pela Lusa.

Analistas antecipam preços do petróleo entre 80 e 100 dólares

Analistas antecipam preços do petróleo entre 80 e 100 dólares

Os preços do petróleo deverão manter-se elevados nas próximas semanas, entre os 80 e os 100 dólares por barril, podendo disparar caso o conflito no Médio Oriente se agrave, antecipam analistas ouvidos pela Lusa.

Lusa | 19:55 - 23/06/2025

A possibilidade de um bloqueio ao Estreito de Ormuz, onde transita cerca de 20% do petróleo mundial, é considerada o principal fator de risco geopolítico a curto prazo. Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, destaca o comportamento contido do mercado após os ataques a instalações nucleares no Irão.

"Apesar da entrada dos EUA no conflito, o Brent [negociado em Londres e que serve de referência às importações nacionais], estabilizou nos 78 dólares", mostrando que os investidores "continuam a apostar num conflito temporário e numa resolução no curto prazo, que poderá passar até por uma mudança de regime no Irão", referiu.

Mas, avisa que, se houver um bloqueio formal de Ormuz, haverá "consequências significativas e disruptivas para o equilíbrio do mercado energético global".

Gregor Hirt, diretor de investimentos globais da Allianz Global Investors, observa que a evolução das próximas semanas dependerá também da capacidade dos grandes produtores em estabilizar os fluxos.

"Os grandes produtores, especialmente a Arábia Saudita, podem compensar as disrupções no abastecimento, mas a maior parte das suas exportações passa também pelo Estreito de Ormuz. Uma libertação coordenada das reservas estratégicas --- que na União Europeia cobre cerca de 90 dias de importações --- pode ajudar a mitigar efeitos imediatos", apontou.

Os EUA têm reservas para cerca de 20 dias, embora sejam quase autossuficientes, e estima-se que a China tenha 30 dias.

Vale destacar que o preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Cerca das 06:35, o preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte caia 5,02% para 67,89 dólares, e o preço do barril de petróleo WTI dos EUA caia 5,21% para 64,94 dólares.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na segunda-feira à noite em Washington que Israel e o Irão acordaram um cessar-fogo a partir das 05:00 de hoje (07:00 em Israel e 7:30 no Irão).

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