Federação critica AHRESP por recusar acordo sobre aumentos

A FESAHT lamentou hoje que a AHRESP se tenha recusado "pelo segundo ano consecutivo" a celebrar um acordo de atualização salarial para os trabalhadores da hotelaria e restauração, referindo que a decisão é "lamentável".

AHRESP

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Lusa
25/06/2025 20:14 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

FESAHT

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), afeta à CGTP, afirma ainda que a falta de acordo deixa muitos milhares de trabalhadores sem atualização salarial em 2025 e a auferir o salário mínimo nacional ou valores muito aproximados, incluindo trabalhadores com antiguidades de mais de 30 anos em hotéis de 5 estrelas", o que contrasta "com a boa situação" que o setor vive, numa alusão às receitas nas dormidas e vendas na restauração.

 

"Temos vindo a assistir a uma falsa campanha levada a cabo pela AHRESP, referindo que modernizou a regulamentação de trabalho no setor, mas o que constatamos é que essa modernização não é mais do que uma revisão nos acordos com a UGT que visa exclusivamente reduzir direitos e alterar a denominação das categorias profissionais com o objetivo de promover uma maior polivalência a troco de salários de miséria", acrescenta a federação.

A FESAHT considera ainda "inaceitável" que a associação que representa os trabalhadores da hotelaria e restauração "tenha andado a adiar sucessivamente as reuniões que tinha agendado", tendo em vista "a revisão dos CCT [contratos coletivos de trabalho] para os hotéis e restauração".

Segundo a federação, fica "claro" que o "único objetivo" da AHRESP era "fugir à negociação".

"Não podemos aceitar que o setor continue a viver à custa dos baixos salários e das condições precárias e débeis de trabalho", acrescenta, considerando ainda "escandaloso que um dos setores que mais tem crescido no nosso país, que mais contribui para o PIB nacional, que é utilizado como bandeira internacional, o turismo, continue a ser um setor que, produzindo muitos milhões de lucro para os patrões, continue a pagar tostões aos trabalhadores".

Na mesma nota, a FESAHT refere ainda que "está a analisar a situação e vai decidir com os trabalhadores como abordar esta situação que, além de lamentável e injusta, é também insustentável", remata.

A agência Lusa contactou a AHRESP sobre estas críticas e aguarda resposta.

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