FMI vê crescimento de 1% na zona euro em 2025

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou hoje a previsão de crescimento da zona euro em 2025 para 1%, graças a um desempenho mais positivo das exportações da economia irlandesa.

Euros dinheiro notas

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Lusa
29/07/2025 14:05 ‧ ontem por Lusa

Economia

FMI

No relatório sobre as perspetivas para a economia mundial, hoje divulgado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revê em alta a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia da moeda única em 0,2 pontos percentuais em relação à previsão feita em abril, que era de 0,8%.

 

A melhoria, explica a instituição, "é em grande parte impulsionada pelo forte resultado do PIB da Irlanda no primeiro trimestre do ano".

Ainda que "represente menos de 5% do PIB da zona do euro", metade da melhoria deve-se à Irlanda, pela relação comercial que tem com os Estados Unidos.

Nos primeiros meses do ano, as exportações cresceram de forma substancial devido a um aumento de pedidos das empresas em antecipação ao anúncio das tarifas pela Administração de Donald Trump em 02 de abril e esse efeito fez-se sentir no crescimento do país e, por conseguinte, no conjunto da região do euro.

"A revisão em alta para 2025 reflete um aumento historicamente grande nas exportações farmacêuticas irlandesas para os Estados Unidos, resultante do 'front-loading' [aumento das encomendas em antecipação às tarifas] e da abertura de novas instalações de produção", explica o FMI.

"Sem a Irlanda, a revisão seria de apenas 0,1 pontos percentuais", contabiliza.

Ao contrário do que acontece com a previsão de 2025 para a zona euro, a de 2026 não sofre alterações. Para o próximo ano, o FMI continua a prever os mesmos 1,2%.

De acordo com a instituição, a Alemanha deverá crescer 0,1% este ano, mais 0,1 pontos percentuais do que o projetado em abril.

Para este ano espera-se uma recuperação face aos dois anos anteriores, em que a maior economia da moeda única esteve em recessão, com o PIB a registar uma contração de 0,3% em 2023 e uma diminuição de 0,2% em 2024.

Para 2026, o FMI prevê que a economia alemã cresça 0,9%, o mesmo desempenho que já projetava em abril.

Para França, segunda maior economia do euro, o FMI aponta para um crescimento de 0,6% este ano, seguido de uma variação de 1% no próximo. Nos dois casos, as previsões mantêm-se iguais às de abril.

Relativamente a Itália, terceira maior economia da moeda única, a previsão é de um crescimento de 0,5% este ano, mais 0,1 pontos percentuais do que em abril, seguido de uma variação de 0,8%, idêntica à do relatório anterior.

Para a economia de Espanha, a quarta maior da área do euro, o FMI aponta para um crescimento de 2,5% em 2025, seguido de uma variação de 1,8%. Nos dois casos, manteve a previsão.

Relativamente ao conjunto das economias que partilham o euro, o Fundo Monetário espera que os efeitos económicos da estratégia das empresas de concentrarem em antecipação ao agravamento das tarifas comecem a desaparecer.

Sobre a previsão de crescimento para 2026, a instituição refere que os gastos assumidos pelos governos europeus na área da defesa terão um "impacto nos anos seguintes", dado o aumento previsto 2035.

A 27 de julho, os Estados Unidos da América e a União Europeia chegaram a um acordo comercial sobre os direitos aduaneiros a aplicar a partir de 01 de agosto.

Os Estados Unidos vão aplicar uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações da UE, incluindo automóveis e peças automóveis, atualmente tributados em 25% e com uma tarifa adicional de 2,5%.

De fora, com tarifas de 0%, ficam determinados produtos que a Comissão Europeia define como "estratégicos", como aeronaves e peças de aeronaves da UE, certos produtos químicos, medicamentos genéricos e recursos naturais.

As taxas aduaneiras sobre o aço, o alumínio e o cobre, atualmente de 50%, passarão a depender de um sistema de quotas.

Leia Também: FMI melhora previsão de crescimento mundial para 3% em 2025

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