A semana começou com uma subida do preço da gasolina, ao passo que o do gasóleo praticamente se manteve nos níveis da semana passada, de acordo com os valores médios atualizados, esta terça-feira, pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A gasolina simples 95, que na sexta-feira custava 1,678 euros por litro, aumentou para 1,704 euros por litro na segunda-feira, o que significa um aumento de 2,6 cêntimos.
Já o preço do gasóleo simples ficou praticamente inalterado: passou de 1,589 euros por litro para 1,588 euros por litro também no mesmo período.
As previsões, refira-se, apontavam para uma descida do preço do gasóleo e para um aumento do preço da gasolina.
Estes cálculos têm por base os preços médios diários, divulgados pela DGEG, que "são apurados com base nos preços comunicados pelos postos de combustível, ponderados com as quantidades vendidas do último período conhecido, incorporando os descontos praticados nos postos de abastecimento como cartões frota e outros". Têm em conta a informação de 2.867 postos ativos.
Evolução dos preços médios dos combustíveis entre sexta e segunda-feira© Reprodução do site da DGEG
Como está a negociar o petróleo nos mercados internacionais?
A cotação do barril de Brent para entrega em outubro terminou, na segunda-feira, no mercado de futuros de Londres em baixa de 1,31%, para os 68,76 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 0,91 dólares abaixo dos 69,67 dólares com que encerrou as transações na última sessão.
O Brent iniciou a semana em baixa e distanciou-se ligeiramente da barreira dos 70 dólares por barril, com a persistência do sentimento de baixa entre os investidores depois de a aliança Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, ter decidido aumentar a sua oferta de petróleo a partir de setembro.
O grupo aumentará a sua produção em 547.000 barris por dia (bpd) a partir de 01 de setembro, completando a devolução dos 2,2 milhões de barris por dia retirados do mercado em 2023.
A decisão aumentou as preocupações do mercado sobre um potencial excesso de oferta, depois de os dados de procura de gasolina nos EUA da semana passada terem sido os mais fracos desde a pandemia de covid-19 em 2020.
Além disso, os investidores continuam a processar as tarifas norte-americanas sobre dezenas de parceiros comerciais, que entrarão em vigor a 07 de agosto, e os seus potenciais efeitos na economia global.
O prazo para o ultimato do Presidente dos EUA, Donald Trump, à Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia também está a estreitar-se, e as ameaças de novas sanções contra o crude russo e os seus compradores parecem cada vez mais credíveis.
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