Esta semana arranca com boas notícias para os condutores em território nacional, já que há um alívio dos preços dos combustíveis. A redução deverá verificar-se, esta segunda-feira, tanto no caso do gasóleo como no da gasolina, mas será mais acentuada no caso do primeiro.
Segundo fontes do setor citadas pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), o preço da gasolina deverá descer 1,5 cêntimos e o do gasóleo descerá 3,5 cêntimos.
"Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá descer para os 1,551 euros por litro enquanto o da gasolina simples 95 vai fixar-se nos 1,691 euros por litro", indicou o ACP.
Estes cálculos têm em conta que, de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava, na sexta-feira (8 de agosto), 1,586 euros, enquanto o do gasolina valia 1,706 euros.
O ACP notou ainda que as "previsões são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços".
"As medidas em vigor incluem a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a compensação da receita adicional do IVA", salientou.
Quer poupar? Siga esta dica
Se quer poupar, saiba que pode consultar quais são as gasolineiras mais baratas. De acordo com os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), estes são os postos de abastecimento mais económicos do país:
Os postos de abastecimento mais económicos© combus
Para consultar os postos de abastecimento mais baratos perto de si, pode aceder a este link e selecionar, logo em cima, a opção 'filtrar por município', clicando depois no respetivo distrito na lista que será apresentada. Por fim, deverá selecionar o município que pretende consultar, bem como o tipo de combustível.
Como está o petróleo nos mercados internacionais?
A cotação do barril de Brent para entrega em outubro terminou, na quinta-feira, no mercado de futuros de Londres em baixa de 0,69%, para os 66,43 dólares, descendo pela sexta sessão consecutiva. O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 0,46 dólares abaixo dos 66,89 dólares com que encerrou as transações na quarta-feira.
O Brent continuou em queda pela sexta sessão consecutiva e está cada vez mais perto da barreira dos 65 dólares por barril, depois de o Kremlin (presidência russa) ter anunciado que o Presidente russo, Vladimir Putin, se vai reunir com o homólogo norte-americano, Donald Trump, nos próximos dias.
O mercado acompanha de perto este encontro, que seria a primeira cimeira entre os líderes dos dois países desde 2021, na esperança de que possa trazer um fim diplomático à guerra na Ucrânia e o levantamento das sanções à Rússia e às suas infraestruturas petrolíferas.
Apesar da cimeira, Trump pretende avançar com as tarifas secundárias que ameaçou impor à Índia e à China, os principais importadores de petróleo russo.
O presidente dos EUA assinou na quarta-feira um decreto que impõe uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia para a compra de petróleo a Moscovo, enquanto as tarifas sobre a China continuam pendentes.
O sentimento pessimista já tinha pesado sobre os preços do petróleo Brent depois de a aliança Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, ter decidido no fim de semana aumentar a sua oferta de crude a partir de setembro, levantando preocupações sobre um potencial excesso de oferta no meio da fraca procura.
De acordo com o que foi anunciado na sua reunião de domingo passado, o grupo vai aumentar a sua produção em 547 mil barris por dia (bpd) a partir de 01 de setembro, completando a devolução dos 2,2 milhões de barris por dia (mbd) retirados do mercado em 2023.
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