Wall Street fecha em baixa (com investidores a mostrarem-se cautelosos)

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a mostrarem-se cautelosos antes da divulgação de um novo índice de inflação dos Estados Unidos e quando decorrem negociações comerciais entre Washington e Pequim.

Wall Street segue no 'vermelho' no início da sessão

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Lusa
11/08/2025 22:54 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Wall Street

O índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 0,45%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,30% e o S&P 500, mais abrangente, perdeu 0,25%, no fim da sessão.

 

"Estamos a observar alguma realização de lucros após uma forte subida e antes da divulgação de importantes indicadores económicos", apontou Adam Sarhan, da 50 Park Investments, à agência de notícias France-Presse.

O índice de preços no consumidor dos EUA, que mede a inflação no consumidor, será divulgado na terça-feira. Será seguido pela inflação no produtor (IPP) na quinta-feira.

Estes dados "podem influenciar as expectativas de cortes de juros por parte da Fed", o banco central norte-americano, salientou Jose Torres, da Interactive Brokers, em comunicado.

A grande maioria dos analistas acredita que a Fed vai cortar as taxas em 0,25 pontos percentuais na próxima reunião de política monetária, marcada para setembro.

Os especialistas estão particularmente preocupados com o mercado de trabalho, na sequência de uma forte revisão em baixa dos números de criação de emprego na primavera.

"Ainda não sabemos se este relatório de emprego foi um incidente isolado ou parte de uma tendência mais duradoura", frisou Sarhan.

As taxas de juro diretoras da Reserva Federal --- que orientam o custo do crédito e têm um forte impacto nos mercados --- mantêm-se inalteradas desde dezembro, entre 4,25% e 4,50%.

Em relação às tarifas, o Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu prolongar a trégua com Pequim por 90 dias, avançaram os meios de comunicação social norte-americanos, poucas horas antes do fim teórico desta trégua entre as duas potências.

Envolvidos num conflito esta primavera e com tarifas de três dígitos, Pequim e Washington chegaram finalmente a uma trégua de 90 dias em maio, em Genebra, na Suíça.

"É praticamente impossível para os Estados Unidos substituir a China como centro industrial global", observou Sarhan.

No mercado bolsista, as gigantes norte-americanas de microprocessadores Nvidia e Advanced Micro Devices caíram 0,30% para 182,15 dólares e 0,28% para 172,28 dólares, respetivamente.

As duas empresas aceitaram pagar ao Governo norte-americano 15% das receitas com a venda de 'chips' de inteligência artificial (IA) à China, uma decisão bastante invulgar, noticiada por vários órgãos de comunicação social e confirmada por Donald Trump, no caso da Nvidia.

A Intel, empresa norte-americana de semicondutores e processadores, subiu (+3,66% para 20,68 dólares), depois de o novo CEO do grupo, Lip-Bu Tan, se ter reunido com Trump, na Casa Branca.

Na semana passada, o chefe de Estado norte-americano apelou para a demissão imediata de Tan, depois de um senador republicano ter levantado preocupações sobre possíveis laços com empresas chinesas, que, segundo ele, representavam uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Leia Também: Bolsa em Wall Street arranca semana na linha de água

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